O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu em Washington, segunda-feira, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e o líder da oposição de Israel, Benny Gantz.
O plano de paz deve ser anunciado hoje à tarde, mas antes Mahmoud Abbas vai dirigir um encontro que reúne as várias fações palestinianas que já rejeitaram a iniciativa norte-americana, todavia considerada histórica por Netanyahu e Gantz.
De acordo com os palestinianos, o plano propõe o reconhecimento oficial de Jerusalém como única capital de Israel, a anexação dos colonatos da Cisjordânia e do vale do rio Jordão, zona agrícola e estratégica.
Abbas dirige o movimento laico Fatah, no poder na Cisjordânia, hostil aos islamitas do Hamas, que controlam a Faixa de Gaza, enclave palestiniano habitado por dois milhões de pessoas.
"Nós convidamos o Hamas a participar no encontro de urgência e eles vão estar presentes", disse à agência France-Presse Azzam al-Ahmed, alto responsável palestiniano.
Nasser al-Din al-Shaar, do Hamas, também confirmou a presença do movimento na reunião.
Na segunda-feira, os palestinianos pediram à "comunidade internacional" para boicotar o projeto dos Estados Unidos recusando discutir o plano com o Pesidente Donald Trump que acusam de ser demasiado favorável para com Israel.
"As conversações com os norte-americanos não vão acontecer enquanto eles não reconhecerem a solução que prevê a existência dos dois Estados (israelita e palestiniano)", disse um dos responsáveis políticos palestiniano que pediu o anonimato.
Os palestinianos admitem igualmente contactos com responsáveis dos Estados árabes para que seja formalizada a posição de cada um deles em relação ao projeto dos Estados Unidos.
Paralelamente, estão a ser organizadas manifestações que devem decorrer hoje à tarde na Faixa de Gaza, em Nablus e Ramallah, Cisjordânia ocupada.