"Observando rapidamente as medidas norte-americanas, vê-se que fizeram um plano mais amplo para humilhar todos os muçulmanos com a 'fraude do século'", disse o presidente do parlamento iraniano, Ali Lariyani.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentará hoje o chamado "acordo do século", que é favorável a Israel e enfrenta a rejeição frontal da Palestina, que se opõe ao papel de Washington como mediador no conflito israelo-palestiniano.
Lariyani enfatizou durante a sessão aberta do parlamento iraniano que "essa ousadia é o resultado da divisão entre os países muçulmanos".
"O regime sionista e os Estados Unidos entenderão em breve as consequências da sua medida", acrescentou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohamad Javad Zarif, também condenou o plano de paz na noite de segunda-feira na sua conta na rede social Twitter, na qual descreveu o plano dos EUA como "ilusório" e disse que "está morto antes de acontecer".
"Seria melhor aceitar a solução democrática do Irão proposta pelo ayatollah Ali Khamenei (o líder supremo)", escreveu Zarif, referindo que esta proposta baseia-se "num referendo em que todos os palestinianos, muçulmanos, judeus ou cristãos decidam o seu futuro".
A liderança palestiniana não tem contacto com os Estados Unidos desde que Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel em 2017.
No entanto, Trump disse na segunda-feira que, uma vez superada a rejeição inicial, os palestinianos "apoiem" a sua iniciativa, prevendo ainda que os mesmos "acabarão por negociar" com o Presidente dos EUA.
Ao mesmo tempo, a tensão entre o Irão e os EUA está num ponto muito alto devido às sanções aplicadas pelos Estados Unidos e ao assassínio do poderoso general iraniano Qasem Soleimani, no início deste mês, em resultado de um ataque norte-americano.