Moscovo pede a israelitas e palestinianos para iniciarem negociações
A Rússia pediu hoje aos israelitas e aos palestinianos para iniciarem "negociações diretas" para encontrarem um "compromisso mutuamente aceitável", depois da apresentação do plano de paz para o Médio Oriente do Presidente norte-americano.
© Reuters
Mundo Moscovo
"É preciso entrar em negociações diretas para alcançar um compromisso mutuamente aceitável. Não sabemos se a proposta norte-americana é mutuamente aceitável. Devemos esperar pela reação de ambas as partes", afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores de Moscovo, Mikhail Bogdanov às agências russas, citado pela France-Presse.
O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, apresentou hoje a "visão" que tem de um plano de paz no Médio Oriente, referindo que se trata de uma "solução realista de dois estados" e anunciou Jerusalém como a "capital indivisível" de Israel.
Durante uma cerimónia na Casa Branca, em Washington, ao lado do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, Trump apresentou o plano de paz para o Médio Oriente, explicando que a aceitação do nascimento de um estado palestiniano deve estar condicionada a uma "clara rejeição do terrorismo".
O chefe de Estado norte-americano referiu que as soluções anteriores para a resolução do conflito israelo-palestiniano fracassaram porque eram "muito leves". Esta "visão" de Trump, explanada ao longo de 80 páginas, é "a mais arrojada".
O Presidente dos EUA acrescentou que este plano vai agradar a todas as partes, ignorando a rejeição desta ideia pelas autoridades palestinianas, nos últimos dias, por considerarem que é demasiado próxima dos interesses de Israel.
Donald Trump anunciou também que o plano admite uma capital da Palestina em Jerusalém oriental, mas a cidade será uma "capital indivisível", lembrando que os Estados Unidos já tinham aplicado essa condição quando anunciaram a transferência da embaixada norte-americana em Israel para esta cidade.
O plano exige ainda um congelamento de construção de novos colonatos israelitas, durante quatro anos, para permitir à Palestina consolidar o seu estado, enquanto decorrem negociações para estabilizar a situação.
O chefe do Governo Israel, Benjamin Netanyahu, congratulou-se com o plano de Washington, considerando que reconhece a soberania israelita sobre o Vale do Jordão e partes da Judeia e Samaria (Cisjordânia).
Trata-se de "um caminho realista para uma paz duradoura", considerou o primeiro-ministro israelita em funções.
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