Meteorologia

  • 27 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 11º MÁX 17º

Polícia israelita procura autores de incêndio numa mesquita em Jerusalém

A polícia israelita lançou hoje uma "caça ao homem" para tentar encontrar os autores de um incêndio numa mesquita de um bairro palestiniano de Jerusalém e de 'graffitis' em hebreu numa parede do edifício.

Polícia israelita procura autores de incêndio numa mesquita em Jerusalém
Notícias ao Minuto

15:57 - 24/01/20 por Lusa

Mundo Israel

Num comunicado, a polícia diz ter sido chamada "a uma mesquita em Beit Safafa", um bairro em Jerusalém Oriental, "após informações de um incêndio criminal numa das salas do edifício", precisando que ninguém tinha ficado ferido.

Um correspondente da agência France Presse constatou que o incêndio danificou uma sala de oração, mas não o resto da mesquita.

"Estão a decorrer em Jerusalém buscas em larga escala (...) para encontrar os suspeitos", indicou o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld à AFP.

O incidente terá ocorrido durante a noite, segundo a polícia, que referiu a existência de 'graffitis' em hebreu.

"Destruir os judeus? Destruir os inimigos!", pode ler-se, em letras vermelhas, num muro da mesquita, com a indicação "Kumi Ori", um colonato selvagem israelita no setor de Nablus, na Cisjordânia ocupada.

Sete famílias e uma dezena de adolescentes israelitas habitam em Kumi Ori, segundo o The Times of Israel, que precisou que as forças de segurança israelita destruíram este mês duas casas ilegais do colonato.

Segundo o jornal 'on line', aqueles jovens "estão envolvidos numa série de violentos ataques contra palestinianos e as forças de segurança (israelitas)".

Os colonatos na Cisjordânia -- onde vivem cerca de 400.000 israelitas entre 2,7 milhões de palestinianos -- são ilegais face à lei internacional, mas alguns são considerados legais por Israel, enquanto outros, designados "postos avançados" ou selvagens, não têm o mesmo estatuto legal para o Estado hebreu.

O porta-voz da polícia israelita não precisou se considerava o incidente como anti-árabe, mas o deputado árabe israelita Osama Saadi indicou à AFP que o ato se enquadra no "preço a pagar", política dos colonos de extrema-direita que consiste em atos de vandalismo contra palestinianos, árabes israelitas ou locais de culto muçulmanos e cristãos.

Em dezembro, foram cortados os pneus de uma centena de viaturas num outro bairro palestiniano de Jerusalém Oriental e numa cidade de maioria árabe no norte de Israel.

Israel considera Jerusalém a sua capital, o que não é reconhecido pela comunidade internacional, e os palestinianos esperam fazer de Jerusalém Oriental, a parte da cidade ocupada em 1967 e depois anexada pelo Estado hebreu, a capital do futuro Estado a que aspiram.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório