Vladimir Putin desloca-se a Israel para as cerimónias que assinalam o 75.º aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Auschwitz, símbolo do Holocausto, onde participam dezenas de dirigentes mundiais.
Durante a visita, Putin vai encontrar-se com o seu homólogo israelita, Reuven Rivlin, e com o primeiro-ministro em funções, Benjamin Netanyahu, que "pediram a libertação" da jovem de 26 anos, condenada a sete anos e meio de prisão, indicou aos jornalistas o conselheiro do Kremlin Iuri Uchakov.
O chefe de Estado russo vai ainda encontrar-se com o patriarca ortodoxo Teófilo III de Jerusalém e com "a mãe de Naama Issachar, Yaffa", adiantou.
A jovem foi detida em abril, quando se encontrava em trânsito num aeroporto de Moscovo, após terem sido encontradas nove gramas de haxixe na sua bagagem. Foi condenada em outubro a sete anos e meio de prisão, tendo a pena sido confirmada em dezembro.
Na reunião com Benjamin Netanyahu, Putin abordará a cooperação bilateral e a agenda internacional "com ênfase na situação no Médio Oriente".
O presidente da Rússia aproveita ainda a viagem para uma deslocação à cidade cisjordana de Belém, onde se reunirá com o presidente da Autoridade Palestiniana (o governo provisório dos palestinianos), Mahmud Abbas, para analisar as perspetivas da cooperação russo-palestiniana a nível económico e humanitário e o conflito israelo-palestiniano.
A agenda de Putin inclui ainda a cerimónia de inauguração de um monumento em Jerusalém dedicado "aos feitos dos heroico defensores e residentes de Leninegrado (atual São Petersburgo) durante o cerco da Grande Guerra Patriótica (como a Rússia designa a II Guerra Mundial)", segundo a presidência russa.