Prisão perpétua para polícias argentinos por crimes durante a ditadura
A Justiça argentina condenou hoje dois antigos polícias a prisão perpétua por coautoria de quatro crimes de homicídio durante a última ditadura (1976-1983), enquanto outros quatro acusados foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos.
© iStock
Mundo Prisão
A sentença de um tribunal Buenos Aires refere-se a dois casos de crimes contra a humanidade cometidos por membros da Superintendência de Segurança Federal em centros de detenção clandestinos, em que permaneceram sequestrados milhares de pessoas durante o regime militar.
As penas mais altas foram para Eduardo Norberto Comesaña e Raúl Antonio Guglielminetti, ambos condenados à prisão perpétua e desqualificação absoluta por serem coautores de quatro homicídios.
Quanto a Carlos Enrique Gallone, foi condenado a 25 anos de prisão por violação de sete mulheres, abuso desonesto e privação de liberdade de 57 pessoas.
As vítimas dos crimes foram mantidas em centros clandestinos localizados na capital argentina, Buenos Aires.
As defesas dos acusados pediram a extinção de ações criminais pela prescrição de crimes, mas os magistrados rejeitaram o pedido por serem crimes contra a humanidade.
Gallone, ex-chefe da Polícia Federal, já tinha sido condenado à prisão perpétua em 2008 pela execução de 30 detidos durante a ditadura.
No julgamento de hoje, também foram proferidas sentenças para Fausto Mingorance (10 anos), Rafael Romero e Juan Manuel Grosso (sete anos cada) por privação de liberdade agravada por violência e ameaças.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com