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Klaus Iohannis favorito nas presidenciais de domingo na Roménia

A Roménia realiza no domingo a segunda volta das eleições presidenciais em que o atual chefe de Estado, o liberal europeísta Klaus Iohannis, surge como favorito.

Klaus Iohannis favorito nas presidenciais de domingo na Roménia
Notícias ao Minuto

11:56 - 22/11/19 por Lusa

Mundo Klaus Iohannis

Klaus Iohannis, 60 anos, obteve 38% na primeira volta, realizada a 10 de novembro, e tem como adversária a social-democrata Viorica Dancila (22%), 55 anos, primeira-ministra até há poucas semanas, quando o seu governo sucumbiu a uma moção de censura, depois de escândalos de corrupção e acusações de tentativa de controlo do sistema judicial.

Os dois mantêm relações muito tensas e, nesta campanha, Iohannis recusou qualquer debate com Dancila, o que lhe valeu críticas, mesmo entre os seus apoiantes.

Numa tentativa de mostrar que não se esquiva ao debate público, o Presidente convocou uma conferência de imprensa para quarta-feira passada, mas apenas para alguns jornalistas escolhidos pelo seu gabinete.

"Durante o meu mandato, consegui manter a Roménia na via europeia, opondo-me ao Partido Social-Democrata (PSD, centro-esquerda)" e às suas "tentativas de dominar e destruir o Estado de Direito", afirmou Iohannis, referindo-se à polémica reforma judicial lançada pelo PSD e que Bruxelas criticou como contrária à independência judicial.

Viorica Dancila, que convocou uma conferência de imprensa para o mesmo dia à mesma hora, destacou do seu mandato de 21 meses à frente do governo o aumento das reformas e dos salários dos funcionários públicos, apesar "dos obstáculos" levantados pelo Presidente, e desvalorizou as preocupações manifestadas pelos organismos financeiros internacionais de uma explosão do défice público.

O PSD, herdeiro do antigo partido comunista, tem dominado a política romena desde o regresso do país à democracia, em 1989, contando com uma base eleitoral forte em todas as regiões do país de 20 milhões de habitantes.

Mas os seus últimos governos têm sido marcados por escândalos de corrupção.

O antecessor de Dancila à frente do partido e do governo, Liviu Dragnea, condenado em maio por corrupção, marcou o seu mandato por um discurso nacionalista que Dancila atenuou, mas manteve, apresentando-se como defensora dos interesses dos romenos face à União Europeia.

Iohannis, que foi líder do Partido Nacional Liberal (PNL, centro-direita) e que conta com o apoio do também liberal Dan Barna, que na primeira volta teve 15% muito graças ao eleitorado urbano jovem e aos emigrantes, apela aos eleitores para votarem nestas presidenciais "contra os últimos vestígios do comunismo".

O Presidente da Roménia, eleito para um mandato de cinco anos, não tem poderes executivos, mas nomeia o primeiro-ministro, pode vetar legislação, tem a última palavra na nomeação de membros do governo para cargos no sistema judicial e pode ter um papel decisivo em matéria de segurança nacional e política externa.

A Roménia, membro da União Europeia desde 2007, tem uma taxa de pobreza muito elevada, com 27% da população a viver com menos de cinco euros por dia, um défice orçamental de 2,8% que deverá elevar-se a 4,4% do PIB em 2020, segundo números da Comissão Europeia.

Mais de 18 milhões de romenos estão convocados para estas eleições, incluindo 715 mil residentes no estrangeiro, que pela primeira podem votar numas presidenciais.

A taxa de participação na primeira volta, 47,6%, foi a mais baixa desde 1989.

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