Entre os deputados detidos do Chadema, principal partido da oposição ao governo do Presidente John Magufuli, está Halima Mdee, uma das vozes mais ativas contra o atual regime.
Os quatros deputados são julgados em conjunto com outros cinco dirigentes do Chadema, incluindo o presidente do partido, Freeman Mbowe.
O juiz Thomas Simba ordenou a detenção dos deputados após terem faltado ao julgamento sem justificação.
Os membros parlamentares são acusados de participar numa manifestação organizada em 16 de fevereiro de 2018, em Dar es Salaam, na qual uma estudante que não participava do evento foi morta por uma bala perdida quando a polícia disparou tiros de advertência para dispersar a multidão de partidários do Chadema.
Durante a investigação, pedida pelo Presidente Magufuli, foram detidos seis polícias, mas acabaram por ser libertados quando a acusação considerou que os responsáveis pela morte da jovem eram os organizadores da manifestação.
Segundo as autoridades administrativas, outro deputado, Godbless Lema, foi detido na quinta-feira por ter, alegadamente, realizado "uma reunião secreta" na região de Kilimanjaro, na qual "planeou sabotar" as eleições locais previstas para o final do mês.
No final de outubro, as organizações de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional e a Human Rights Watch anunciaram um recuo das liberdades fundamentais na Tanzânia, desde que o atual Presidente assumiu o cargo em 2015, uma vez que o Governo aumentou a repressão contra os meios de comunicação social, a sociedade civil e a oposição.
