Doze soldados turcos morrem no Iraque intoxicados por gás metano

O grupo estava a realizar "uma operação de busca e localização numa gruta utilizada por membros" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

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© ILYAS AKENGIN/AFP via Getty Images

Lusa
07/07/2025 11:25 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Iraque

Doze soldados turcos morreram devido aos vapores de gás metano durante uma operação no norte do Iraque, anunciou hoje o Ministério da Defesa da Turquia.

 

O grupo estava a realizar "uma operação de busca e localização numa gruta utilizada por membros" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), disse o ministério num comunicado.

O ministro da Defesa, Yasar Guler, deslocou-se ao local para inspecionar e prestar homenagem aos soldados, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

O ministério informou no domingo que os soldados estavam à procura do corpo de um militar morto na área em maio de 2022, durante uma operação contra combatentes curdos.

Estas mortes surgem no momento em que o PKK, que trava uma luta armada contra Ancara há mais de 40 anos, anunciou que iria realizar esta semana a primeira cerimónia de entrega de armas.

A cerimónia decorrerá no Curdistão iraquiano.

Uma delegação do partido turco DEM, pró-curdo, visitou no domingo o fundador do PKK, Abdullah Ocalan, que se encontra preso, no âmbito de um processo de paz iniciado no inverno.

Numa ação sem precedentes, Ocalan apresentou as condolências pela morte dos soldados.

"Este incidente causou uma profunda tristeza a Abdullah Ocalan e a todos nós", afirmaram os representantes do partido pró-curdo.

A delegação será recebida hoje pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, às 15:00 locais (13:00 em Lisboa).

Erdogan afirmou no domingo que o processo de paz com os curdos está dependente da deposição das armas por parte do PKK.

"O processo irá acelerar um pouco mais quando a organização terrorista começar a cumprir a promessa de depor as armas", disse Erdogan, referindo-se PKK.

Turquia, Estados Unidos e União Europeia consideram o PKK como uma organização terrorista.

O PKK anunciou a dissolução em 12 de maio, após mais de quatro décadas de violência em que morreram pelo menos 40.000 pessoas.

A decisão foi tomada em resposta a um apelo de Ocalan, o líder histórico do PKK que está preso desde 1999 numa ilha-prisão ao largo de Istambul.

Leia Também: Leão foge de zoo na Turquia e ataca agricultor: "Agarrei-lhe o pescoço"

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