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Cerca de 150 mil observadores vão vigiar presidenciais no Afeganistão

Quase 150 mil observadores irão acompanhar as eleições presidenciais de sábado no Afeganistão, perante os episódios de violência e as acusações de fraude que têm marcado a corrida eleitoral, afirmam hoje fontes oficiais.

Cerca de 150 mil observadores vão vigiar presidenciais no Afeganistão
Notícias ao Minuto

12:59 - 27/09/19 por Lusa

Mundo Afeganistão

O chefe do secretariado da comissão eleitoral independente (IEC), Habib Rahman Nang, informou numa conferência de imprensa que "144.146 mil afegãos e estrangeiros" vão "acompanhar de perto as votações em todo o país durante o dia das eleições".

Segundo Nang, no sábado, das 7.385 escolas e universidades situadas em zonas sob controlo do Governo, 4.928 serão usadas como centros eleitorais onde as pessoas poderão votar, enquanto as restantes 2.457 permanecerão fechadas por "problemas de transporte e segurança".

O porta-voz da comissão eleitoral independente afegã, Abdul Azizi Ibrahimi, afirmou que os centros de votação permanecerão abertos desde as 07:00 às 15:00 de sábado (entre as 03:30 e as 11:30 de sábado, em Lisboa).

O ministro-adjunto do interior, Khushhal Sadat, confirmou durante a conferência de impressa que as autoridades reforçaram a segurança, especialmente na sede do IEC em Cabul, para prevenir um ataque talibã que possa impedir a votação.

"A sede da IEC é o alvo mais provável se as forças inimigas quiserem destruir todos os votos deste país," afirma Sadat.

A ameaça de violência dos talibãs, que consideram as eleições presidenciais uma farsa orquestrada pelos Estados Unidos, está muito presente no escrutínio.

No passado dia 17, pelo menos 26 civis morreram e 42 ficaram feridos na sequência de um ataque contra uma ação de campanha do Presidente afegão, Ashraf Ghani, na província de Parwan, a norte da capital.

Horas depois, um segundo ataque suicida perto do Ministério da Defesa, em Cabul, matou pelo menos 22 civis e feriu 38.

Dois dias depois, um outro ataque contra um hospital na província de Zabul (sul) causou 39 mortos e 184 feridos, enquanto bombardeamentos das forças norte-americanas também na semana passada mataram pelo menos 20 civis.

No entanto, os ataques diminuíram em comparação às eleições parlamentares de outubro do ano passado, segundo as autoridades.

"Até agora os talibãs lançaram oito ataques para tentar derrubar as presidenciais, mas no ano passado, até ao dia das eleições parlamentares, levaram a cabo 84 ataques" afirmou o chefe do estado-maior do exército afegão durante a conferência.

Cerca de 9,6 milhões de afegãos, 34,5% mulheres, são esperados nas urnas de voto para escolher um Governo novo que terá de lidar com a saída das tropas norte-americanas do Afeganistão e com o processo de paz.

Um total de 15 candidatos aspiram ocupar o posto de Presidente e formar um novo Governo.

Entre eles destacam-se o atual Presidente Ashraf Ghani, o atual primeiro-ministro Abdullah Abdullah e o ex-conselheiro de guerra Gulbuddin Hekmatyar.

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