Meteorologia

  • 06 MAIO 2024
Tempo
20º
MIN 13º MÁX 20º

Líder supremo do Irão critica "clara hostilidade" de alguns europeus

O líder supremo iraniano, o ayatollah Ali Khamenei, criticou hoje "a clara hostilidade" de alguns países europeus "em relação à nação iraniana", segundo o seu 'site' oficial.

Líder supremo do Irão critica "clara hostilidade" de alguns europeus
Notícias ao Minuto

14:13 - 26/09/19 por Lusa

Mundo Ali Khamenei

"Os europeus apresentam-se como mediadores e falam muito, mas são todos ocos", declarou Khamenei.

As declarações do ayatollah Khamenei ocorrem após falhar uma tentativa europeia, conduzida pela França, de acalmar a tensão entre Teerão e Washington, mas também depois de Berlim, Paris e Londres terem imputado ao Irão a "responsabilidade" dos ataques de 14 de setembro contra infraestruturas petrolíferas na Arábia Saudita.

Khamenei recordou que o Irão pode negociar com o mundo inteiro à exceção "da América (EUA) e do regime sionista (Israel)".

"Não devemos confiar nos países que agitaram a bandeira da inimizade contra o islão", disse o líder supremo iraniano, nomeando "em primeiro lugar a América e certos países europeus porque exibem uma clara hostilidade em relação à nação iraniana".

A França tentou nas últimas semanas uma mediação para permitir um encontro entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo iraniano, Hassan Rohani, à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, a decorrer em Nova Iorque.

Mas a partir da tribuna da ONU, Rohani excluiu na quarta-feira qualquer encontro com Trump esta semana em Nova Iorque.

"Em nome da minha nação, quero anunciar que a nossa resposta a qualquer negociação enquanto houver sanções é negativa", declarou o presidente iraniano.

Assinado em 2015 entre o Irão e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China), mais a Alemanha, o acordo previa o levantamento de sanções internacionais em troca de limitações e maior vigilância do programa nuclear da República Islâmica.

Em maio de 2018, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo e restabeleceu sanções devastadoras para a economia iraniana. Desde então a tensão entre os dois países não tem deixado de subir.

Os europeus, a China e a Rússia mantêm o seu compromisso em relação ao acordo, mas não têm sido capazes de ajudar o Irão a contornar as sanções norte-americanas para beneficiar das vantagens económicas que o pacto lhe prometia trazer.

"Eles não mantiveram nenhum dos seus compromissos e há todos os motivos para não confiar neles", lamentou hoje Khamenei, denunciando a incapacidade dos europeus de se afastarem da sua "natureza arrogante".

Recomendados para si

;
Campo obrigatório