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Guerrilha colombiana está em 325 escolas e registou 20.624 alunos

A organização não-governamental (ONG) venezuelana FundaRedes anunciou hoje que membros da guerrilha colombiana intervêm em 325 escolas da Venezuela, tendo recenseado 20.624 alunos que passaram a estar em situação de "premente vulnerabilidade por tal facto".

Guerrilha colombiana está em 325 escolas e registou 20.624 alunos
Notícias ao Minuto

20:45 - 23/09/19 por Lusa

Mundo Venezuela

"Os guerrilheiros colombianos captam (atraem) as crianças venezuelanas para as fazer entrar nas suas fileiras", refere um relatório divulgado em Caracas, capital venezuelana.

Segundo o documento, o recenseamento foi feito pelo Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) e as subversivas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

O documento adianta que existe uma fundação designada de "Amigos da Escola" que foi usada pela guerrilha para chegar aos centros educativos rurais em pelo menos cinco localidades do Estado venezuelano de Táchira (fronteiriço com a Colômbia), nos municípios de Bolívar, Pedro Maria Ureña, Rubio, Capacho e Delícias, onde distribuiu, entre setembro e novembro de 2018, material escolar e alimentos.

A FundaRedes explica que, além do Estado de Táchira, há também denúncias de habitantes de zonas rurais do oeste, do sul e sudeste do país de que entre julho e agosto de 2019 o ELN recenseou crianças nos estados de Bolívar, Apure, Zúlia e Amazonas.

O recenseamento inclui a idade, nível de escolaridade e identificou as necessidades alegadamente com o objetivo de entregar materiais escolares.

O relatório precisa que em Táchira foram registadas 6.076 crianças, em Zúlia 3.949, em Apure 4.129, em Amazonas 2.233 e 4.237 em Bolívar.

A ONG indica os locais onde se encontram as escolas e adverte que estas crianças "são presas fáceis em aldeias, bairros, zonas vulneráveis e que estão sem proteção das Forças Armadas (venezuelanas)".

"A penetração da guerrilha colombiana nas escolas venezuelanas viola o estabelecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos sobre o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Também viola o estabelecido na ordem jurídica venezuelana, pois, segundo a Constituição, as Forças Armadas (venezuelanas) devem garantir a segurança da nação e dos seus habitantes, assim como dar atenção às fronteiras", explica.

Para a FundaRedes, esta situação viola ainda a Lei Orgânica de Proteção aos Meninos, Meninas e Adolescentes que vigora na Venezuela e que obriga o Estado a assegurar os direitos dos menores e a garantir um nível de vida adequado, e a zelar pelo direito à educação, à liberdade de pensamento, de consciência e pessoal.

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