Putin e Erdogan acordam intensificar cooperação em Idlib
Os chefes de Estado da Rússia e da Turquia concordaram hoje em "intensificar os seus esforços comuns" na província de Idlib (noroeste), onde o exército sírio apoiado por Moscovo avança face aos 'jihadistas' e rebeldes, indicou o Kremlin.
© Reuters
Mundo Síria
O contacto, por telefone, entre Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan ocorreu numa altura em que o progresso das forças do regime sírio, que cercaram hoje um posto de observação do exército turco perto da província de Idlib, faz recear tensões no terreno entre Moscovo apoiante de Bashar al-Assad e Ancara, que ajuda alguns rebeldes.
Putin e Erdogan concordaram "intensificar os seus esforços comuns com o objetivo de liquidar a ameaça terrorista", refere um comunicado do Kremlin.
Segundo a presidência turca, durante a conversa com Putin, Erdogan afirmou que "as violações pelo regime do cessar-fogo em Idlib e os seus ataques abriram o caminho a uma grave crise humanitária".
"Estes ataques prejudicam os esforços de resolução (do conflito) na Síria e constituem uma séria ameaça contra a segurança nacional do nosso país", adiantou.
Os desenvolvimentos na Síria estarão no centro de uma cimeira a 16 de setembro em Ancara entre os presidentes da Rússia, Irão e Turquia, três países que desempenham um importante papel na guerra que tem destruído o país desde 2011.
Após quase quatro meses de bombardeamentos quase diários contra a Idlib e zonas de províncias vizinhas dominadas por 'jihadistas', o regime de Assad, apoiado pelo aliado russo, iniciou a 8 de agosto a progressão no terreno.
Na quinta-feira e na sexta-feira, as forças governamentais recuperaram várias localidades entre as províncias de Idlib e de Hama, entre as quais a de Morek, onde se encontra o posto de observação do exército turco, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Fronteiriça à província de Idlib, a Turquia apoia alguns grupos rebeldes sírios e interveio militarmente no conflito contra os curdos sírios e 'jihadistas'. Há cerca de dois anos que tem tropas destacadas em 12 postos de observação nas províncias de Idlib e Hama.
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