"Os sírios que não estão registados em Istambul têm tempo (para abandonar a província). Prolongamos o prazo até ao dia 30 de outubro", disse o ministro do Interior, Suleiman Soylu, em entrevista à rádio HaberTurk.
No final de julho, o gabinete do governador de Istambul ordenou aos cidadãos que fugiram da guerra civil na Síria e que "não estão registados" na cidade que regressassem às províncias onde se encontravam anteriormente licenciados.
Os 3,6 milhões de refugiados sírios na Turquia encontram-se no país sob o estatuto de "proteção temporária", diferente do estatuto de refugiado, mas que lhes permite permanecer no país indefinidamente.
Desde 2011 os cidadãos sírios foram distribuídos pelas diferentes províncias onde foram registados e onde devem permanecer, apesar de uma grande parte se ter deslocado para Istambul na tentativa de encontrar trabalho.
Várias organizações não-governamentais denunciaram a deportação de centenas de sírios desde o princípio do mês, alguns dos quais com "estatuto de proteção temporária".
O Governo turco tem negado a deportação denunciada pelos grupos humanitários.
"Não deportámos nenhum sírio não registado. Há alguns que regressaram voluntariamente. Os 'não registados' são levados para acampamentos onde são depois sujeitos a um processo de registo", disse o ministro do Interior.
Vários setores da sociedade turca culpam os cidadãos sírios pelo aumento do desemprego e pelo agravamento das tensões sociais em áreas de grande densidade de refugiados.