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Nações Unidas apela para que o mundo não se esqueça de zonas afetadas

O diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM) fez hoje um apelo para que o mundo não se esqueça da Beira e Cabo Delgado, em Moçambique, porque ainda há muito por fazer naquelas regiões destruídas, este ano, por ciclones.

Nações Unidas apela para que o mundo não se esqueça de zonas afetadas
Notícias ao Minuto

19:43 - 19/08/19 por Lusa

Mundo Moçambique

"Lá porque [o assunto] está menos presente na agenda mediática, continua a ser absolutamente essencial garantir o apoio humanitário e garantir a resposta às necessidades mais prementes daquelas populações", referiu António Vitorino.

O líder daquela organização das Nações Unidas falava hoje em conferência de imprensa, em Maputo, durante uma visita a Moçambique, para se inteirar do apoio prestado aos deslocados.

Mais de meio milhão de pessoas ainda vivem em locais destruídos ou danificados, enquanto outros 70.000 permanecem em centros de acomodação de emergência, segundo o mais recente relatório da OIM, de julho, que alerta para a falta de condições para enfrentar a nova época chuvosa, em novembro, dentro de três meses.

"A situação está estabilizada, mas temos de olhar para o futuro, para a reintegração dessas pessoas, para que tenham condições de vida, para prosperarem. Essa componente é muito mais exigente e não se faz em quatro meses", referiu António Vitorino.

"O apelo ao financiamento está feito" e está garantido "a cerca de 45%", pelo que mais recursos são necessários de toda a comunidade internacional - sendo que a ONU estimou serem necessários 440 milhões de dólares (396 milhões de euros) para o apoio a 2,4 milhões de pessoas.

"Uma das prioridades é garantir a segurança alimentar", destacou António Vitorino, entre muitas outras necessidades.

"Nenhum país consegue sozinho fazer face a esta agenda tão exigente".

Entre outros encontros, o diretor-geral da OIM reuniu-se hoje com o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, num encontro em que ambos fizeram um ponto de situação sobre o apoio humanitário.

António Vitorino classificou como "muito positiva" a resposta dada pela comunidade internacional e pelas autoridades moçambicanas.

O ciclone Idai, que atingiu o centro de Moçambique em março, provocou 604 mortos e afetou cerca de 1,5 milhões de pessoas.

O ciclone Kenneth, que se abateu sobre o norte do país em abril, matou 45 pessoas e afetou 250.000 pessoas.

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