Plataformas de comércio chinesas suspendem vendas de capacetes ou lasers
As principais plataformas de comércio eletrónico da China suspenderam as vendas para Hong Kong de utensílios usados nos protestos, incluindo máscaras antigás ou capacetes, à medida que Pequim multiplica esforços para abafar as manifestações.
© Reuters
Mundo Comércio
Segundo a agência noticiosa Bloomberg, uma pesquisa por aqueles produtos a partir de Hong Kong no Taobao dá "Item não encontrado". No JD.com o resultado é: "interdito para Hong Kong e Macau".
No continente chinês os mesmos bens continuam disponíveis.
As empresas de logística de Hong Kong revelaram que vários "itens sensíveis", incluindo 't-shirts' pretas, lasers e máscaras faciais estão a ser apreendidos na alfândega.
Hong Kong vive um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.
A proposta foi, entretanto, suspensa, mas as manifestações generalizaram-se e denunciam agora aquilo que os manifestantes afirmam ser uma "erosão das liberdades" na antiga colónia britânica, enquanto apelam à demissão de Carrie Lam, a chefe do governo local, pró-Pequim e à eleição de um sucessor por sufrágio universal direto, e não nomeado pelo Governo central.
Os manifestantes têm usado máscaras antigás e capacetes em confrontos com a polícia. Lasers têm também sido utilizados para dificultar a vigilância policial.
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