Milhares de sudaneses sairam à rua para pedir justiça

Milhares de sudaneses sairam hoje para a rua em todo o país para pedir justiça e recordar as dezenas de manifestantes que morreram a 03 de junho durante manifestações de apoio à transição do poder para os civis no Sudão.

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© Reuters

Lusa
13/07/2019 16:53 ‧ 13/07/2019 por Lusa

Mundo

Sudão

Sob o lema "justiça primeiro" os manifestantes mostravam fotos dos mortos cantando "não aos assassinos, não à injustiça, justiça primeiro" e também "não te esquecemos, não te esquecemos".

Uma junta de generais sudaneses assumiu em abril o controlo do país depois de depor o antigo chefe de Estado, Omar al-Bashir, detido desde o golpe de Estado militar e entretanto acusado pela Procuradoria-Geral do Sudão de "posse ilegal de divisas estrangeiras, corrupção e receção de prendas".

Na capital as manifestações tiveram como destino as casas de algumas das vítimas dos confrontos.

Na pagina de Facebook a Associação dos Profissionais Sudaneses, a organização sindical que lidera os protestos, mostrou imagens de várias marchas em diversas zonas do pais como Madani (centro), Sennar (sul) e Al Abyad (oeste).

Nos protestos do início de junho morreram pelo menos 118 pessoas e 500 ficaram feridas, segundo a oposição, e 61 de acordo com o governo.

A junta militar no Sudão e os líderes do movimento de contestação chegaram no passado dia 05 a acordo sobre o período de transição política, aceitando um poder partilhado entre militares e civis, após meses de tensão.

Graças à mediação da Etiópia e da União Africana (UA), as duas partes chegaram finalmente a acordo sobre o seu principal ponto de divergência: a liderança do "Conselho Soberano", o órgão que deve supervisionar o período de transição política.

As negociações entre a junta militar e as Forças da Liberdade e Mudança tinham falhado no início de junho, depois da remoção violenta do acampamento de protesto em frente ao quartel-general das Forças Armadas em Cartum e da ação de repressão que se seguiu nas ruas da capital sudanesa, em que morreram mais de uma centena de pessoas, de acordo com a oposição.

 

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