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Nova Iorque paga 610 mil dólares a mulher obrigada a dar à luz algemada

Polícia de Nova Iorque só retirou as algemas à mulher minutos antes do parto, mesmo após protestos dos médicos. E foram novamente colocadas após dar à luz.

Nova Iorque paga 610 mil dólares a mulher obrigada a dar à luz algemada
Notícias ao Minuto

14:33 - 05/07/19 por Notícias Ao Minuto

Mundo Chocante

A cidade de Nova Iorque vai pagar 610 mil dólares (542 mil euros) a uma mulher que a polícia manteve algemada enquanto estava em trabalho de parto.

A mulher, apelidada de Jane Doe no processo para proteger a sua identidade, estava no término da gravidez e entrou em trabalho de parto numa prisão do Bronx pouco depois de ter sido detida, a 7 de fevereiro do ano passado, descreve a CNN.

A detenção aconteceu por causa da violação de uma ordem de proteção passada no âmbito de uma disputa de custódia com o antigo companheiro, segundo indicou a sua advogada, Katherine Rosenfeld. A causídica mantém, porém, que a ordem de detenção não era urgente, sobretudo numa pessoa com 40 semanas de gestação.

De acordo com o processo, a mulher foi transportada do estabelecimento prisional para o hospital na manhã seguinte com algemas de metal nos pulsos e nos tornozelos. Algemar mulheres grávidas que estejam sob custódia policial ou detidas foi proibido pelo estado de Nova Iorque em 2009, tendo a lei sido atualizada em 2015 para banir qualquer tipo de restrição física (braçadeiras de plástico, por exemplo).

Os médicos apelaram aos agentes que a transportaram para que lhe retirassem as algemas, mas eles recusaram-se, citando a política das autoridades novas-iorquinas.

“Enquanto esteve sob custódia, a senhora Doe nunca lutou, resistiu ou agiu de qualquer forma que justificasse o uso de algemas”, escreve o processo.

Mesmo perante os protestos de vários médicos, os agentes só lhe retiraram as algemas minutos antes do parto, tendo-as voltado a colocar após dar à luz. A recém-mamã teve que amamentar a bebé com um braço.

O processo acusa o departamento de polícia de Nova Iorque de agressão, uso ilegal de algemas e violação de direitos constitucionais. O departamento, ainda que chegando a acordo, não assume ter agido de forma errada, mas afirmou a intenção de melhorar as suas políticas para se “adequar às preocupações médicas e de segurança” de detidas em fases finais de gravidez e durante o parto.

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