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Columbia cancela cerimónia de entrega de diplomas devido a protestos

A Universidade nova-iorquina de Columbia, epicentro da contestação nos Estados Unidos à guerra israelita em Gaza, anunciou hoje ter desistido da cerimónia de entrega de diplomas de 15 de maio, optando por eventos de "menor escala".

Columbia cancela cerimónia de entrega de diplomas devido a protestos

© Ying Tang/NurPhoto via Getty Images

Lusa
06/05/2024 15:46 ‧ há 1 ano por Lusa

O estabelecimento de ensino superior de onde ativistas e estudantes foram retirados a 30 de abril pela polícia de Nova Iorque, indicou num comunicado que cancelava "a grande cerimónia de graduação da universidade agendada para 15 de maio".

"Todas as cerimónias escolares programadas para o relvado sul do campus de Morningside serão transferidas" desse bairro do norte de Manhattan para um complexo desportivo da grande e prestigiada universidade, segundo o comunicado.

Columbia foi abalada durante cerca de 15 dias por um movimento de contestação à guerra de Israel contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em curso há quase sete meses.

Agora, depois de os ativistas e estudantes pró-palestinianos pacíficos terem sido retirados das instalações da universidade pela polícia, ao fim de duas semanas de protestos e ocupação, a direção declarou que optará por cerimónias de "menor escala", que decorrerão entre 10 e 16 de maio em Nova Iorque.

"Os nossos alunos sublinharam que estas cerimónias de menor escala são as mais importantes para eles e para as suas famílias", argumentou a direção da Universidade de Columbia.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o movimento islamita palestiniano Hamas depois de este, horas antes, ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis.

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- fez também 250 reféns, 128 dos quais permanecem em cativeiro e pelo menos 35 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

A guerra, que hoje entrou no 213.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza cerca de 35.000 mortos, mais de 77.000 feridos e milhares de desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Leia Também: Estudantes em Lisboa apoiam causa palestiniana, mas rejeitam ocupações

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