O estabelecimento de ensino superior de onde ativistas e estudantes foram retirados a 30 de abril pela polícia de Nova Iorque, indicou num comunicado que cancelava "a grande cerimónia de graduação da universidade agendada para 15 de maio".
"Todas as cerimónias escolares programadas para o relvado sul do campus de Morningside serão transferidas" desse bairro do norte de Manhattan para um complexo desportivo da grande e prestigiada universidade, segundo o comunicado.
Columbia foi abalada durante cerca de 15 dias por um movimento de contestação à guerra de Israel contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em curso há quase sete meses.
Agora, depois de os ativistas e estudantes pró-palestinianos pacíficos terem sido retirados das instalações da universidade pela polícia, ao fim de duas semanas de protestos e ocupação, a direção declarou que optará por cerimónias de "menor escala", que decorrerão entre 10 e 16 de maio em Nova Iorque.
"Os nossos alunos sublinharam que estas cerimónias de menor escala são as mais importantes para eles e para as suas famílias", argumentou a direção da Universidade de Columbia.
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o movimento islamita palestiniano Hamas depois de este, horas antes, ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis.
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- fez também 250 reféns, 128 dos quais permanecem em cativeiro e pelo menos 35 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.
A guerra, que hoje entrou no 213.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza cerca de 35.000 mortos, mais de 77.000 feridos e milhares de desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.
O conflito fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
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