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Casa Branca cria novas regras que dificultam acesso a jornalistas

Nova política anunciada por Sarah Sanders está já a suscitar críticas.

Casa Branca cria novas regras que dificultam acesso a jornalistas
Notícias ao Minuto

16:35 - 10/05/19 por Pedro Filipe Pina

Mundo Sarah Sanders

A Casa Branca anunciou que vai mudar as regras de credenciais para jornalistas. As mudanças aplicam-se em particular aos jornalistas que detém 'hard passes', o tipo de credenciais mais duradouras, que não implicam renovação diária cada vez que há algo para cobrir na Casa Branca.

A informação é avançada pelo Washington Post, que adianta que as mudanças preocupam muitos jornalistas que são presenças habituais em Washington.

Já se sabia em março que haveria novas regras mas só esta quarta-feira é que foram implementadas.

Sob as novas regras, apenas jornalistas que tenham estado 90 dos últimos 180 dias na Casa Branca é que poderão renovar as acreditações - os tais 'hard passes'. Se este critério não for cumprido, terão sempre de pedir nova acreditaçãi. Os jornalistas que não tinham os tais 'hard passes' terão de pedir autorizações temporárias.

O novo fator burocrático está a ser mal recebido entre a imprensa norte-americana, a mesma que já foi apelidada diversas vezes pelo presidente dos Estados Unidos como "inimigo do povo".

Além do mais, embora Sarah Sanders, a porta-voz da Casa Branca, o negue, esta decisão de mudar regras surgiu após um tribunal ter obrigado a Casa Branca a devolver a acreditação a Jim Acosta.

Jim Acosta, recorde-se, é um repórter da CNN que perdeu a sua acreditação, isto após perguntas suas terem irritado Trump. A devolução da acreditação surgiu por ordem de um juiz federal que realçou na altura que a Casa Branca não levado a cabo nenhum processo formal que justificasse a retirada da acreditação.

Estas novas mudanças parecem acompanhar uma tendência já analisada e exposta pela American Presidency Project, uma organização apartidária que se dedica ao estudo da Casa Branca e que revelou que, com Sarah Sanders, as conferências de imprensa na Casa Branca são cada vez menos frequentes, mais curtas e com direito a menos perguntas - isto além de terem implicado vários momentos de subida de tensão, entre a porta-voz e jornalistas.

A relação entre a Casa Branca e a imprensa levou já a uma descida dos Estados Unidos no ranking de liberdade de imprensa que todos os anos é apresentado no relatório Press Freedom Index.

Este rankong que contempla 180 Estados e que dá conta da margem em diferentes países para a prática jornalística colocou Portugal em 12º lugar. Já os Estados Unidos surgiam em 48º lugar, atrás de países como a Roménia, o Tonga ou o Botswana.

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