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Ministro britânico demite-se na sequência do compromisso de May e Corbyn

Nigel Adams era o ministro para o País de Gales.

Ministro britânico demite-se na sequência do compromisso de May e Corbyn
Notícias ao Minuto

10:04 - 03/04/19 por Fábio Nunes

Mundo Brexit

A pressão sobre o governo de Theresa May continua. Sem conseguir que o parlamento chegue a uma solução para resolver o impasse do Brexit, a primeira-ministra enfrenta cada vez mais oposição no seio do seu próprio partido e agora uma saída do seu governo. Nigel Adams apresentou a demissão como ministro para o País de Gales esta quarta-feira, adianta o Evening Standard.

Adams apresentou a demissão depois de uma reunião do governo britânico e depois de ter ficado a saber que May chegou a um compromisso com o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, de forma a desbloquear o impasse no Brexit.

Na sua conta do Twitter, Nigel Adams publicou imagens da sua carta demissão, na qual explica a Theresa May os seus motivos. 

O ministro demissionário realça a honra de ter servido como ministro no governo de May desde 2017 e confessa-se um admirador da "coragem e estoicismo" da primeira-ministra durante "uma das crises mais difíceis que o país enfrentou numa geração". 

Apesar de admitir que uma saída ordenada da União Europeia é melhor do que um 'hard Brexit', Nigel Adams refere que o Reino Unido poderia ter saído com um "'no deal' controlado" e considera que a opção de May de se "virar" para Corbyn é "um erro grave". 

"Parece que decidiu que um acordo - concebido com um marxista que nunca na sua vida política pôs os interesses do Reino Unido primeiro -  é melhor do que uma saída sem acordo", critica Nigel Adams.

"Não faz sentido sair da União Europeia e estar numa situação em que a nossa política comercial e muitas das nossas leis são decididas em Bruxelas, sem que o Reino Unido tenha uma palavra a dizer", pode ler-se na carta de demissão. 

Theresa May e Jeremy Corbyn têm uma reunião marcada para esta quarta-feira. A decisão de procurar um entendimento com o líder trabalhista não foi bem recebida pelos conservadores. 

Esta terça-feira Theresa May anunciou que vai pedir novo prolongamento do artigo 50. A data limite para a saída do Reino Unido está para já agendada para o dia 12 de abril.

[Notícia atualizada às 10h37]

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