A decisão desta instância superior, que anula parcialmente o Plano Hidrológico do Tejo, obrigará a Confederação Hidrográfica a mudar o volume de águas a transvasar, fixando níveis de caudais ecológicos para os reservatórios.
Fontes daquele Ministério referiram que o Governo chefiado por Pedro Sánchez tem vindo a trabalhar no sentido que as decisões em matéria de água sejam tomadas "com base em caudais ecológicos".
"A definição de temas de importância como a revisão dos planos hidrológicos de terceiro ciclo, atualmente em tramitação, já incluem o caso do Tejo, a dotação de caudais ambientais", adiantaram as mesmas fontes.
O Governo trabalha "no máximo respeito pela legalidade" e em cumprimento da Diretiva da Água, adiantaram as fontes.
Entretanto, o porta-voz do Movimento Ecologistas em Ação, Santiago Martín Barajas, congratulou-se cm a decisão do Supremo Tribunal de anular o Plano Hidrológico do Tejo e pediu ao Governo respeito pela Diretiva da Água e pelas normas que regem aquela matéria.
Este movimento ecologista manifestou-se sempre convencido que os tribunais dariam razão às queixas apresentadas por diferentes associações, porque os caudais estabelecidos eram "ridículos e contrariavam as leis vigentes".
O Plano Hidrológico do Tejo não cumpria as normas espanholas em matéria de águas bem como a diretiva europeia, segundo Martín Barajas, já que não fixava os caudais exigidos ou estes eram "insuficientes"
Ainda que o atual plano tenha sido aprovado pelo anterior governo, de Mariano Rajoy, o movimento ambientalista pediu ao atual executivo que não siga a mesma política.
"A política atual é a mesma de antes, com desprezo absoluto pelos caudais ambientais", criticou Matín Barajas.
O Governo espanhol, por seu lado, assegurou que a sentença contribuirá para uma nova política da água em que trabalha e para a revisão dos planos hidrológicos, que incluem o caso do Tejo.