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Solução para o Brexit "tem de vir de Londres", diz Comissão Europeia

O primeiro vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, sublinhou hoje perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, que a solução para o 'Brexit' "tem de vir de Londres", após a Câmara dos Comuns ter voltado a rejeitar o Acordo de Saída.

Solução para o Brexit "tem de vir de Londres", diz Comissão Europeia
Notícias ao Minuto

10:06 - 13/03/19 por Lusa

Mundo Frans Timmermans

"Hoje estamos nas mãos do sistema político britânico. Eles devem dizer-nos que direção querem seguir a partir de agora. A solução tem de vir de Londres", declarou Timmermans, num debate sobre o processo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), horas depois de o parlamento britânico ter rejeitado, pela segunda vez, na terça-feira à noite, o Acordo de Saída negociado entre o Governo britânico e os 27.

Timmermans lamentou que, "apesar das clarificações suplementares que foram dadas e apesar dos esforços tremendos de Michel Barnier (negociador-chefe da UE) e de Jean-Claude Juncker (presidente da Comissão) para ajudar (a primeira-ministra) Theresa May a clarificar as questões", o acordo tenha voltado a ser rejeitado.

"E por isso, hoje vamos voltar a esperar pelo próximo voto na Câmara dos Comuns, porque os únicos que podem indicar-nos uma direção por onde devemos seguir a partir de agora são os membros do parlamento no Reino Unido, na Câmara dos Comuns", apontou.

Reiterando que o Acordo de Saída com clarificações era a melhor solução para uma saída ordenada dos britânicos do bloco europeu em 29 de março, o "número dois" da "Comissão Juncker" garantiu que o grande objetivo, do lado da UE, "continua a ser o de minimizar os danos em ambos os lados do Canal" da Mancha.

"Vamos permanecer nesta posição de minimizar os danos num processo que é muito danoso, para o Reino Unido e para a União Europeia", disse.

O parlamento britânico voltou a chumbar, na terça-feira à noite, o Acordo de Saída do Reino Unido da UE por larga margem, com 391 votos contra e 242 votos a favor.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, não conseguiu fazer passar o Acordo de Saída, apesar dos três documentos adicionados na segunda-feira, que segundo o Governo britânico proporcionavam as garantias adicionais reclamadas pela Câmara dos Comuns relativamente à natureza temporária da solução de último recurso para a fronteira irlandesa inscrita naquele texto.

A solução de último recurso para a fronteira irlandesa, comummente conhecido por 'backstop', e que os eurocéticos rejeitam por deixar o país "indefinidamente" numa união aduaneira, permanece como o principal ponto de discórdia sobre o Acordo de Saída negociado com Bruxelas.

O Acordo de Saída negociado com Bruxelas foi submetido ao parlamento britânico pela segunda vez, depois de ter sido chumbado em 15 de janeiro por uma margem de 230 votos, incluindo 118 de deputados do partido do Governo, o partido Conservador.

Hoje, o parlamento britânico vai debater e votar a rejeição de uma saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo, e caso a opção de sair sem acordo seja rejeitada pelos deputados britânicos, como é previsto tendo em conta que um voto não vinculativo nesse sentido já passou anteriormente no parlamento britânico, na quinta-feira deverão ser votadas também diferentes propostas de duração da extensão das conversações com Bruxelas, devendo então Londres solicitar o prolongamento do artigo 50 do Tratado de Lisboa.

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