Kashoggi: Governo saudita diz que não aceita exigências de investigação
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, disse hoje que o seu governo não aceitará que os EUA investiguem a culpa do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman no assassínio do jornalista Jamal Khashoggi.
© Reuters
Mundo Arábia Saudita
O responsável pela diplomacia saudita afirmou hoje em Washington que o seu governo não aceitará exigências de investigações à culpabilidade de bin Salman no caso Khashoggi, dizendo que essa é "uma linha vermelha", e voltou a dizer que não há provas da sua culpa nesse assassínio.
Em declarações aos jornalistas, al-Jubeir afirmou que o governo da Arábia Saudita não aceita que digam o que devem fazer relativamente à investigação do caso Khashoggi.
"É ridículo que alguém possa pensar que nos vai ditar regras", afirmou o ministro saudita, que se reuniu com o secretário de Estado, Mike Pompeo, na quinta-feira.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem até ao final do dia de hoje para dizer, a pedido do Congresso, se considera que o príncipe herdeiro saudita é responsável pelo assassinato do jornalista.
Nesse caso, o governo norte-americano terá de decidir se imporá sanções à Arábia Saudita.
Mas Donald Trump tem procurado preservar as relações com Riade, considerando que o governo saudita é um aliado dos EUA e mencionando os lucrativos negócios que ligam os dois países.
Mas o Senado já deliberou, por unanimidade, considerar Mohammed bin Salman responsável pelo assassínio de Khashoggi e vários senadores Democratas e Republicanos apresentaram um projeto de lei para proibir a venda de armas à Arábia Saudita, como retaliação por esse caso.
"Não serão necessárias retaliações, porque se reconhecermos que bin Salman é responsável, saberemos como reconhecer o erro, afirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita.
"Estamos a investigar o caso e iremos pedir contas", referiu al-Jubeir, acrescentando que o Congresso norte-americano tem sido "muito duro" com a Arábia Saudita.
"Este é um crime horrível, nós entendemos isso, mas penso que o bom senso deve prevalecer", disse o chefe da diplomacia saudita, pedindo ao Congresso dos Estados Unidos para "dar um passo para trás, preservando o bom relacionamento" entre a Arábia Saudita e os Estados Unidos.
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