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Espécies ameaçadas são muito mais que as classificadas

Cerca de 600 espécies podem estar erradamente a ser avaliadas como não ameaçadas na Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas, segundo um novo método projetado por académicos e descrito hoje na revista Conservation Biology.

Espécies ameaçadas são muito mais que as classificadas
Notícias ao Minuto

08:38 - 17/01/19 por Lusa

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Os investigadores, liderados pelo ecologista Luca Santini, da Universidade Radboud, na Holanda, dizem ainda que mais de cem outras espécies, que não foram avaliadas, também poderão estar ameaçadas.

A nova abordagem para avaliar o risco de extinção de animais é, segundo a explicação dos autores, mais eficiente, sistemática e abrangente.

Os investigadores, usando este método, chegaram a conclusões em consonância com as avaliações da Lista Vermelha, mas descobriram que 20% das 600 espécies que eram impossíveis de serem avaliadas pelos especialistas poderão estar ameaçadas de extinção, como a 'Lewinia Mirífica', uma ave das Filipinas, ou o 'cervo-rato de Williamson', da Tailândia.

E também descobriram que 600 espécies avaliadas anteriormente como não ameaçadas poderão estar em risco, como o papagaio-pigmeu-de-peito-vermelho ('Micropsitta bruijnii') ou um rato que só existe na Etiópia, o 'Muriculus Imberbis'.

"Isto indica que é urgente uma reavaliação da atual situação das espécies na Lista Vermelha", disse Santini.

Regularmente, investigadores especializados avaliam o estatuto de conservação de espécies animais de todo o mundo e essa avaliação é registada na Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

As espécies são classificadas em cinco categorias de risco de extinção, que vão de 'pouco preocupante' a 'criticamente ameaçada'. Mais de 90.000 espécies estão cobertas pela Lista Vermelha.

Santini diz que os dados são por vezes desatualizados e imprecisos, nomeadamente porque animais que vivem em áreas remotas não são devidamente estudados.

Por isso, para uma abordagem mais eficiente, sistemática e abrangente, os especialistas criaram um novo método, que, dizem, fornece informações adicionais. O método combina informação de mapas com modelos estatísticos.

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