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Macron anuncia um grande debate nacional sem "tabus"

O presidente francês, Emmanuel Macron, apresentou hoje oficialmente um grande debate nacional em França para responder à crise desencadeada pela contestação do movimento Coletes Amarelos, apelando a uma discussão "sem tabus".

Macron anuncia um grande debate nacional sem "tabus"
Notícias ao Minuto

16:14 - 15/01/19 por Lusa

Mundo Coletes amarelos

"Existem 35 questões" na carta dirigida aos franceses, mas "a par daquelas que estão escritas, todas as questões são abertas", declarou o chefe de Estado francês, num encontro realizado em Grand Bourgtheroulde (Normandia, noroeste de França) que contou com a presença dos autarcas daquela região.

"Se existirem questões pertinentes, assuntos que não vi e que podem emergir, também serão consideradas. Não devem existir tabus enquanto falamos", reforçou.

No passado dia 13 de janeiro, Macron propôs delimitar um grande debate nacional em França em torno de 35 questões sobre quatro grandes temas: democracia, transição ecológica, fiscalidade ou imigração.

"Quero transformar convosco a cólera em soluções", afirmou então Macron, numa carta dirigida aos franceses.

Esta iniciativa do chefe de Estado francês surge numa altura em que o país vive há dois meses uma crise desencadeada pelas manifestações dos 'coletes amarelos', que contestam a política social e fiscal do Governo.

O encontro realizado hoje em Grand Bourgtheroulde foi o primeiro de um conjunto de encontros que Macron pretende realizar nas várias regiões francesas durante o período do grande debate nacional.

Numa breve intervenção, Macron mencionou a "fratura social" sobre a qual o antigo Presidente francês Jacques Chirac construiu então a sua campanha presidencial em 1995.

Um conjunto de "fraturas", "territorial", "económica" e "democrática", que fragilizaram a classe média e que prepararam, segundo o governante francês, a erupção da crise dos 'coletes amarelos' em novembro do ano passado.

"Todas estas fraturas, estão à nossa frente, e, de repente, as coisas se desmoronam", afirmou.

"Acho que não devemos ter medo. É preciso recusar a violência porque nada emerge a partir da violência. É preciso recusar a demagogia porque a soma de raivas nunca foi solução, mas devemos construir caminhos e meios para construir soluções para o país", concluiu.

Milhares de pessoas envergando 'coletes amarelos' têm-se manifestado em França desde 17 de novembro, um protesto que inicialmente exigia a suspensão de um novo imposto sobre os combustíveis e acabou por se ampliar a uma série de outras reivindicações.

Em várias ocasiões, os protestos, que têm sido realizados em várias cidades e regiões francesas, degeneraram em confrontos entre manifestantes e forças da ordem.

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