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Quatro anos após ataque, Charlie Hebdo teme "retorno do obscurantismo"

Ataque ao jornal satírico aconteceu a 7 de janeiro de 2015 e terminou com um balanço de 12 mortos.

Quatro anos após ataque, Charlie Hebdo teme "retorno do obscurantismo"
Notícias ao Minuto

11:20 - 07/01/19 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo França

Assinala-se esta segunda-feira, 7 de janeiro, o quarto aniversário do atentado terrorista na redação do semanário satírico Charlie Hebdo, que resultou em 12 mortos, entre jornalistas e agentes da polícia.

No sábado passado, dia 5, a publicação revelou a capa que marcaria esta data. Não esquecendo que se tratou de um ataque à jugular da liberdade de expressão, o jornal fala no “retorno dos obscurantismos”, escolhendo para capa o cartoon de um bispo e de um imã a soprar uma vela, sobre um fundo negro.

Na margem inferior, é possível vislumbrar a capa de 14 de janeiro de 2015 - “Tout est pardonné” (“Está tudo perdoado”) -, a edição que se seguiu ao ataque, feita na redação do Libération, que acolheu os jornalistas sobreviventes.

O ministro do Interior francês, Christophe Castaner, recorreu esta segunda-feira ao Twitter para deixar a sua homenagem às vítimas do atentado, publicando os nomes de todos os que morreram. No tweet, acrescentou uma imagem da cerimónia de homenagem, em Paris, esta manhã, e um cartoon das vítimas.

“À memória de todas as vítimas do atentado terrorista contra a liberdade de expressão perpetrado na sede do Charlie Hebdo a 7 de janeiro de 2015”, escreveu.

Recorde-se que na manhã de 7 de janeiro, há exatamente quatro anos, dois terroristas islamitas entraram nas instalações do semanário satírico, no centro de Paris, e mataram 11 pessoas. Entre as vítimas estão os cartoonistas Cabu, Wolinksi, Honoré e Tignous, assim como o ex-diretor de redação Charb.

O jornal já tinha recebido várias ameaças por causa do teor dos seus desenhos, satíricos e muito críticos de temas vários, incluindo religião. As caricaturas que mostravam Maomé, em particular, geravam especial controvérsia.

Os irmãos Saïd e Cherif Kouachi, autores do atentado, entraram na redação armados com metralhadoras e dispararam, enquanto gritavam “Allahu Akbar” (“Alá é grande”).

No dia seguinte ao ataque ao semanário, um polícia foi assassinado nos arredores de Paris num tiroteio que os investigadores relacionaram com o ataque ao jornal, elevando o número de mortos para 12.

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