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Guterres mantém apelo a investigação independente à morte de jornalista

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, mantém o seu apelo a uma investigação independente e transparente à morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, disse hoje um dos seus porta-vozes, Farhan Haq.

Guterres mantém apelo a investigação independente à morte de jornalista
Notícias ao Minuto

20:12 - 23/10/18 por Lusa

Mundo ONU

O próprio Guterres pode iniciar uma investigação se as partes principais do caso o solicitarem ou se houver um mandato legislativo de um órgão da ONU.

A Arábia Saudita garantiu, no sábado, que Khashoggi, um colunista do The Washington Post, foi morto durante uma "luta de punhos" no consulado saudita, em 02 de outubro, uma explicação que tem sido questionada por muitos Estados.

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu, afirmou hoje, durante uma entrevista à agência noticiosa estatal turca Anadolu, que "se for feito um pedido para uma investigação internacional (...) [a Turquia] cooperará".

Haq disse que esta afirmação não representa um pedido formal do governo turco, que faz falta a Guterres, para este considerar a autorização para uma investigação internacional.

Jamal Khashoggi, um colaborador do jornal norte-americano The Washington Post e um reconhecido crítico do homem forte do regime saudita, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, foi assassinado a 02 de outubro dentro do consulado saudita em Istambul, Turquia, onde se dirigiu para obter documentação para casar com a noiva, uma cidadã turca.

As autoridades sauditas afirmaram durante 18 dias que o jornalista tinha saído vivo do consulado.

No sábado passado, Riade mudou a sua versão sobre o caso e reconheceu o homicídio, sustentando que foi cometido durante "uma operação não-autorizada", uma explicação recebida com ceticismo no estrangeiro.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse hoje, numa intervenção no parlamento turco, que a morte de Jamal Khashoggi foi cuidadosamente premeditada e que o jornalista saudita foi vítima de um "assassínio selvagem".

Na mesma intervenção, Erdogan afirmou que as autoridades turcas dispõem de provas, pedindo igualmente a punição de todos os implicados no caso, "do mais alto ao mais baixo nível", e que essas pessoas sejam julgadas e punidas na Turquia.

Erdogan prometeu ainda aos familiares do jornalista que "fará de tudo" para "esclarecer" esta morte, que classificou como um "assassínio político".

Segundo a Turquia, o assassínio foi cometido por um comando de 15 agentes sauditas enviados por Riade.

Um dos aspetos ainda por apurar é a localização dos restos mortais do jornalista saudita.

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