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Gangue roubava cabos elétricos para fabricar utensílios de cozinha

A polícia moçambicana desmantelou um gangue que roubava cabos elétricos da rede pública, na província de Manica, centro do país, para fabricar e vender utensílios de cozinha, disse hoje à Lusa fonte da corporação.

Gangue roubava cabos elétricos para fabricar utensílios de cozinha
Notícias ao Minuto

09:02 - 16/10/18 por Lusa

Mundo Moçambique

O resultado foi a apreensão de material que daria para apetrechar muita cozinha: 952 panelas, 105 frigideiras, 475 tachos e 39 ferros de engomar a carvão.

Os 17 suspeitos, entre artesãos e vendedores, agora detidos, tinham a sua própria linha de produção: roubavam os cabos elétricos e peças de alumínio da rede pública de distribuição de energia, material que era depois fundido em fornos tradicionais.

A operação decorria nos distritos de Chimoio, Manica e Gondola, entre o Zimbabué e a Serra da Gorongosa.

"O caso está a seguir os trâmites legais", disse à Lusa, Elsidia Filipe, chefe do departamento das relações públicas no Comando Provincial da Polícia de Manica, salientando que esta foi uma apreensão recorde.

Entre os detidos, disse, uns foram apanhados em flagrante na posse de vários metros de cabo elétrico e peças de suportes às linhas nos postes de energia, enquanto outros vendiam o produto final, tachos, panelas e outros, em mercados informais.

Os utensílios, geralmente vendidos a baixo preço - quase metade do que custam numa loja - têm sido o recurso de numerosas famílias de baixos rendimentos.

O delegado da empresa pública Eletricidade de Moçambique (EDM), em Chimoio, considera que a vandalização e roubo têm provocado um retrocesso na expansão da rede e no projeto de eletrificar o país até 2030.

"Se continuarmos com estes atos de vandalismo, o que vai acontecer é que temos que voltar atrás para fazer a reposição, em vez de eletrificar outros postos administrativos [unidade de divisão do território] que é o nosso desafio", disse Eduardo Pinto.

O roubo de material à EDM provocou prejuízos de cerca de sete milhões de meticais (100 mil euros) na província de Manica em 2017.

Nos primeiros três meses deste ano, a perda estimada ronda os dois milhões (28 mil euros).

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