Milhares de pessoas nos funerais das vítimas do atentado no Irão
Milhares de pessoas reuniram-se hoje pela manhã para os funerais das vítimas do ataque a um desfile militar na cidade de Ahvaz, no sudoeste do Irão, que ocorreu sábado e deixou 24 mortos.
© Reuters
Mundo Tragédia
De acordo com os jornalistas da agência de notícias francesa AFP no local, o balanço mais recente feito pelas autoridades sobre o ataque indicam que 24 pessoas morreram quando homens armados abriram fogo contra a multidão que assistia a um desfile militar em Ahvaz.
No domingo, as autoridades da cidade de Ahvaz reviram em baixo o número de mortos para 24, depois da televisão estatal iraniana ter anunciado no sábado que 29 pessoas teriam morrido durante o ataque.
Outras 60 pessoas ficaram feridas durante o ataque e, segundo as autoridades, os quatro atacantes foram mortos a tiro.
Por volta das 08:30 (horário local, 06:00 horas em Lisboa), uma multidão em luto estava reunida em frente à mesquita de Sarollah, no centro de Ahvaz, no cruzamento das ruas Shariati e Taleghani, onde estava também presente o ministro dos Serviços de Informação, Mahmoud Alavi.
Estes funerais foram organizados para doze das vítimas, segundo a televisão estatal.
As autoridades iranianas não deram qualquer indicação sobre a identidade dos mortos do ataque de sábado.
Enquanto aguardavam a chegada dos caixões das vítimas, a multidão agitava bandeiras e cartazes com frases em persa e árabe, além de muitas bandeiras iranianas.
"Vamo-nos vingar terrivelmente sobre os nossos inimigos e estes o saberão", disse o general de brigada Hossein Salami, segundo no comando da Guarda Revolucionária, a guarda de elite da República Islâmica.
"Como o Alcorão diz, vamos fazer as suas cabeças voarem. Onde quer que estejam, vamos encontrá-los e puni-los", referiu o general.
"Vamos ficar em pé até ao final", podia-se ler num cartaz que estava na multidão.
Ahvaz, que fica a cerca de 560 quilómetros ao sul de Teerão e é capital da província do Cuzistão, está numa região rica em petróleo e povoada principalmente por árabes.
O Irão acusou tanto um grupo separatista árabe, a Arábia Saudita, outros países árabes do Golfo, os Estados Unidos e Israel de estarem por trás do ataque, que também foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
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