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Chefe da diplomacia britânica encontra-se com Aung San Suu Kyi

O chefe da diplomacia britânica, em visita a Myanmar (antiga Birmânia), encontrou-se hoje com a sua homóloga birmanesa Aung San Suu Kyi, isolada internacionalmente devido ao seu silêncio sobre a crise dos rohingyas, classificada de genocídio pela ONU.

Chefe da diplomacia britânica encontra-se com Aung San Suu Kyi
Notícias ao Minuto

15:59 - 20/09/18 por Lusa

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"O mundo olha (para Myanmar) para ver se pode ser feita justiça após terem acontecido coisas verdadeiramente terríveis", declarou Jeremy Hunt à agência France-Presse no final do encontro.

"A comunidade internacional não deixará as coisas como estão. Se virmos que nada acontece, utilizaremos todos os instrumentos à nossa disposição para garantir que é feita justiça", adiantou, evocando uma resolução do Conselho de Segurança como "uma das opções" a analisar.

Num relatório entregue na terça-feira, os investigadores da ONU apelam ao Conselho de Segurança para recorrer ao Tribunal Penal Internacional através de uma resolução ou para criar um tribunal internacional 'ad hoc', como no caso do Ruanda ou da ex-Jugoslávia.

Mas a probabilidade de uma resolução sobre o "genocídio" rohingya é baixa, devido ao risco de a China e a Rússia a vetarem.

Antes do encontro com Aung San Suu Kyi, Jeremy Hunt deslocou-se ao estado de Rakhine (noroeste), de onde em 2017 mais de 700.000 muçulmanos rohingyas fugiram para o Bangladesh para escapar à violência do exército birmanês.

"Estive esta manhã em Rakhine. Estive lá algum tempo, falei com muita gente. Temo ter chegado à conclusão de que as pessoas estão muito assustadas para falar. Há um clima de medo que temos de resolver", escreveu Hunt na rede social Twitter.

Ao ser questionado no Twitter sobra a responsabilidade da sua homóloga e prémio Nobel da Paz, Hunt disse ser preciso "entender as dificuldades da sua posição".

"Aung San Suu Kyi tem um papel muito importante neste país. Ela é a verdadeira presidente do país, mas infelizmente não controla os militares. Têm uma Constituição a meio caminho da democracia e os militares não respondem perante ela e agem com impunidade", explicou.

Após o encontro com a sua homóloga, Hunt disse ainda que Suu Kyi prometeu analisar a situação dos dois jornalistas da Reuters condenados recentemente em Myanmar a sete anos de prisão por possuírem documentos secretos, obtidos quando investigavam os abusos cometidos contra os rohingyas.

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