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Conselho de Segurança da ONU reúne-se devido a bombardeamento no Iémen

O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se hoje à porta fechada para abordar a morte de pelo menos 51 pessoas, incluindo 40 crianças, no Iémen num raide aéreo atribuído à coligação militar dirigida pela Arábia Saudita, anunciaram diplomatas.

Conselho de Segurança da ONU reúne-se devido a bombardeamento no Iémen
Notícias ao Minuto

19:00 - 10/08/18 por Lusa

Mundo Conselho Segurança

A reunião foi solicitada pelo Bolívia, Holanda, Peru, Polónia e Suécia, membros não-permanentes do Conselho de Segurança (CS).

"Vimos as imagens das crianças que foram mortas", declarou aos 'media' Lise Gregoire-van Haaren, embaixadora adjunta da Holanda na ONU.

"Agora, é crucial que decorra um inquérito credível e independente", acrescentou.

Pouco antes, a coligação militar sob comando saudita que intervém no Iémen contra os rebeldes Huthis anunciou a abertura de um inquérito sobre o bombardeamento aéreo.

Segundo o Comité internacional da Cruz Vermelha (CICR), pelo menos 29 crianças com menos de 15 anos foram mortas neste ataque contra o seu autocarro num mercado muito frequentado de Dahyan, uma zona do norte controlada pelos Huthis. No hospital desta organização foram ainda admitidos 48 feridos, incluindo 30 crianças.

Na quinta-feira, e numa primeira reação, Riade tinha este ataque aéreo definido de "operação militar legítima".

De acordo com a agência noticiosa France-Presse, ainda não era claro se o Conselho se iria unir e apelar à ação. O Koweit, membro não-permanente, também integra a coligação impulsionada pelos sauditas.

Os comunicados do Conselho são aprovados por consenso, o que significa que cada um dos 15 membros pode bloquear um projeto de texto que solicite um inquérito.

Estados Unidos, França e Reino Unido, três dos cinco membros permanentes do CS, apoiam a coligação militar dirigida pela Arábia Saudita mas têm manifestado preocupação pelas crescente aumento de vítimas entre a população civil.

Na quinta-feira, o secretário-geral da ONU António Guterres apelou a um inquérito "independente" sobre este ataque.

A guerra neste país muito pobre da península arábia já provocou mais de 10.000 mortos desde o início da intervenção da coligação em março de 2015, e segundo a ONU provocou "a pior crise humanitária" no mundo.

Todos os esforços para pôr termo ao conflito fracassaram até ao momento. Estão previstas para 06 de setembro em Genebra novas conversações patrocinadas pelas Nações Unidas.

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