EUA e ONU exigem investigação ao ataque no Iémen
Os Estados Unidos e a ONU exigiram uma investigação do bombardeamento no Iémen realizado pela coligação liderada pelos sauditas, que já se prontificou a averiguar os factos, num episódio que resultou na morte de 51 pessoas, incluindo 40 crianças.
© Reuters
Mundo Médio Oriente
O ataque aéreo atingiu, na quinta-feira, um autocarro numa zona de um mercado na cidade de Dahyan, na província de Saada, no norte do Iémen, que é um bastião dos rebeldes huthis.
Diante do balanço de mortes, os Estados Unidos mostraram-se "muito preocupados", assim como a ONU, pedindo uma investigação completa ao ocorrido.
"Pedimos à coligação liderada pela Arábia Saudita que conduza uma investigação completa e transparente sobre este incidente", disse a porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Heather Nauert.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu na quinta-feira uma "consulta rápida e independente" sobre o caso.
A coligação liderada pela Arábia Saudita também anunciou hoje que fará uma investigação sobre o ataque, de acordo com a agência de notícias oficial saudita SPA.
"O comando da coligação ordenou a imediata abertura de uma investigação a fim de avaliar os acontecimentos, para esclarecer as suas circunstâncias (...)", afirmou um alto responsável militar da aliança.
Esta decisão acontece na sequência das informações dadas "pelos media e organizações internacionais que trabalham no Iémen sobre uma operação das forças da coligação na província de Saada, na quinta-feira, e na qual um autocarro de passageiros que sofreu danos colaterais da operação", disse o alto responsável.
O número de mortos no bombardeamento subiu para 51, entre os quais 40 crianças, e 79 pessoas também ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde do Governo dos rebeldes huthis.
Na quinta-feira, o coronel Turki al-Malki, porta-voz da coligação, disse que o ataque em Saada tinha como alvo os rebeldes que haviam disparado um míssil no sul do reino, matando uma pessoa e ferindo outras 11 pessoas.
Al-Malki insistiu que o ataque em Saada foi uma "ação militar legítima" e "está de acordo com o direito internacional humanitário".
O porta-voz também acusou os huthis de recrutarem crianças e de as usarem nos campos de batalha para encobrir as suas ações.
A Arábia Saudita apoia o Governo internacionalmente reconhecido do Iémen e está em guerra com os huthis desde março de 2015.
Os rebeldes controlam grande parte do norte do Iémen, incluindo a capital, Sanaa.
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