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A crescente diversidade nas primárias dos EUA

Em novembro há primárias nos Estados Unidos.

A crescente diversidade nas primárias dos EUA
Notícias ao Minuto

08:20 - 09/08/18 por Lusa

Mundo Eleições

As eleições primárias nos EUA estão a revelar uma crescente diversidade entre os candidatos, designadamente democratas, que vão disputar as eleições de novembro.

A advogada Sharice Davids, homossexual e participante em combates das artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês) pode ser a primeira nativa americana eleita para o Congresso, depois de vencer as primárias democratas no conservador Estado do Kansas.

Apoiada por grupos pró-aborto, Davids considerou a violência provocada pelas armas como uma questão de saúde pública e criticou as reduções de impostos promovidas por Donald Trump.

Diplomada pela Universidade de Cornell, Davids trabalhou como advogada para uma reserva índia no Estado do Dacota do Sul, antes de chegar à Casa Branca durante a presidência de Barack Obama.

Davids, de 38 anos, integra uma vaga de cerca de 200 candidatos homossexuais, bissexuais e transgénero (LGBT), na sua maioria democratas, que vão disputar as eleições de novembro para lugares no Congresso (Senado e Câmara dos Representantes) governadores de Estado.

Davids é membro da Nação Ho-Chunk, uma tribo nativa no atual Estado do Wisconsin, mas há mais nativas a concorrerem a cargos políticos de destaque, como Deb Haaland e Paulette Jordan.

Aquela, membro da tribo Laguna Pueblo, venceu as primárias para o congresso do Novo México, e Jordan, da tribo Couer d'Alene, vai disputar o cargo de governador do Estado do Idaho.

Na terça-feira, uma congressista no Estado do Michigan, a palestiniana-americana Rashida Tlaib, venceu as primárias democratas e prepara-se para ser a primeira mulher muçulmana a ser eleita para o Congresso dos EUA, uma vez que não deve ter oposição republicana em novembro.

A sua vitória já provocou manifestações de alegria na Cisjordânia, designadamente em Beit Our al-Foqa, onde nasceu a sua mãe.

"É uma grande honra para esta pequena cidade. É uma grande honra para o povo palestiniano ter Rashida no Congresso", afirmou Mohammed Tlaib, um antigo presidente da Câmara local e um parente afastado.

Tlaib, uma antiga congressista estadual, derrotou cinco outros candidatos. Vai concorrer sem oposição, porque o republicano John Conyers, que estava no cargo desde 1965, demitiu-se em dezembro, mencionando questões de saúde, mas sendo objeto de acusações de assédio sexual.

Esta palestiniana-americana, de 42 anos, é a mais velha de 14 filhos nascidos de imigrantes palestinianos, em Detroit.

No seu sítio na internet, ela advoga posições políticas próximas das defendidas pela ala de Bernie Sanders no Partido Democrata, como cuidados de saúde universais, salário mínimo elevado, proteção ambiental e propinas universitárias acessíveis.

Enquanto congressista estadual, defendeu os pobres de Detroit, atacou refinarias e um magnate dos transportes, a quem acusou de poluir os arredores da cidade.

Durante a campanha eleitoral, criticou a influência do "dinheiro grande" na política e atacou o Presidente Donald Trump, a quem interrompeu em 2016 quando este discursava em Detroit, uma ação que ficou famosa.

Apesar de realçar a sua herança palestiniana, o seu sítio na Internet não faz qualquer menção ás suas perspetivas quanto ao conflito israelo-palestiniano.

Em 2016, em artigo de jornal onde explicou porque interrompeu o então candidato presidencial republicano, descreveu-se como "americana, mãe, muçulmana, árabe-americana e mulher".

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