Reaberta investigação de homicídio de adolescente negro em 1955 nos EUA
Jovem foi vítima de linchamento numa América segregada. A mulher que terá espoletado a violência sobre o jovem admitiu que o seu testemunho na altura não foi inteiramente verdadeiro.
© Reuters
Mundo Emmett Till
Foi em 1955 que o jovem Emmett Till, de apenas 14 anos de idade, foi assassinado. Décadas depois, o caso será agora reaberto pelas autoridades federais dos EUA, dá conta a Sky News.
O caso aconteceu numa América onde os afro-americanos eram cidadãos 'de segunda', com políticas e leis a alimentarem a discriminação e a segregação.
Carolyn Bryant, então com 21 anos, era uma mulher branca que acusou o jovem negro de a ter assediado. Um grupo de homens que seria liderado pelo seu marido foi até à casa do tio de Emmett, no Mississippi, levou o rapaz à força, espancou-o e, no final, baleou-o mortalmente.
Na altura, o caso não terá merecido uma investigação séria pelas autoridades locais. Em 2005, o corpo do jovem, que se encontrava enterrado no cemitério de Burr Oak, foi exumado a pedido do FBI. Mas em 2007, e com os principais suspeitos do homicídio já mortos, o caso foi dado como encerrado.
O ano passado, porém, um novo livro que focava esta história deu nova 'luz' ao caso: Carolyn Bryant admitiu, muitas décadas após o linchamento, que a história do suposto assédio que levou ao brutal assassinato do rapaz não terá decorrido como o que contara em tribunal.
Roy Bryant, então marido de Carolyn, e o meio-irmão deste, JW Milam, chegaram a ser acusados do homicídio, mas acabaram por ser inocentados. Milam morreu em 1980, com 61 anos. Bryan morreria uns anos depois, em 1994, com 63 anos.
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