Líder australiano descreve conflito sírio como os "maus contra maus"
O líder da oposição na Austrália, o conservador Tony Abbott, desqualificou os rebeldes e o Governo sírios, envolvidos numa sangrenta guerra civil que descreve de "maus contra maus", informaram hoje os meios de comunicação locais.
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Mundo Tony Abbott
"Não se trata de bons contra maus. São maus contra maus", declarou Tony Abbott, que surge como favorito nas eleições australianas do próximo sábado.
Neste sentido, o líder conservador australiano alertou para os perigos que implicaria uma intervenção militar, numa alusão a um eventual ataque por parte dos Estados Unidos.
"Qualquer ataque de punição tem que ser bem gerido, proporcional e cuidadosamente avaliado para garantir - no que é humanamente possível - que não iremos agravar a situação", afirmou, esta noite, em declarações à cadeia televisiva australiana ABC.
Estas declarações desencadearam uma forte polémica sobre a política australiana em relação à Síria, que recebeu de Camberra mais de 90 milhões de dólares (cerca de 68 milhões de euros) em ajuda humanitária desde junho de 2011.
O primeiro-ministro e candidato trabalhista, Kevin Rudd, questionou a habilidade de Abbott em fazer frente a complexos assuntos de segurança nacional e política externa e recordou que a Austrália assumiu, este mês, a presidência do Conselho de Segurança da ONU, que tem como principal tema de agenda a crise síria.
Rudd também ironizou, em declarações à imprensa reproduzidas pela agência Efe, que "a última vez que utilizou a expressão 'bons e maus' foi quando brincava, aos dez anos, aos 'cowboys' e índios", numa referência ao comentário proferido pelo seu adversário político.
Contudo, Abbott defendeu a sua descrição sobre a guerra civil na Síria, ao considerar apropriado o uso de linguagem coloquial para explicar situações complexas ao cidadão comum, tendo citado como exemplos a este nível o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o ex-presidente norte-americano Bill Clinton, referiu a cadeia local AAP.
Uma sondagem de opinião da consultora Newspoll, publicada pelo diário The Australian, indica que 43 % dos eleitores preferem Abbott como primeiro-ministro (+3 %), enquanto 41 % se inclina para Rudd (-3 %).
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