Esta conclusão consta em uma das últimas 'newsletters' do canal ucraniano Telegram DeepState, considerado um dos mais influentes e informados grupos de monitorização e análise de conflitos.
"Infelizmente, a situação é difícil e tem tendência a agravar-se devido à grande pressão do inimigo", lê-se numa análise publicada pela DeepState.
Segundo o DeepState, as forças russas "estão a tentar quebrar as posições ucranianas" ao longo de toda a linha que vai da cidade de Rozdolivka, na região oriental de Donetsk e cerca de 20 quilómetros a norte de Bakhmut, até Bilogorivka, na região vizinha de Lugansk.
Mais a sul e também na região de Donetsk, o Instituto para o Estudo da Guerra, em Washington, registou avanços russos em direção a oeste e noroeste da cidade de Avdivka.
De acordo com o relatório de hoje do Estado-Maior ucraniano, as tropas russas perderam 1.300 soldados, 11 tanques, 35 veículos blindados e 23 sistemas de artilharia em toda a frente.
A Ucrânia espera que a nova ajuda militar, que já começou a receber dos Estados Unidos, lhe permita reduzir a sua inferioridade em munições de artilharia e estabilizar a frente, que neste momento continua a mover-se para oeste a favor da Rússia.
Kiev também procura aumentar o número de soldados nas suas fileiras com uma nova lei de mobilização que entrará em vigor em 18 de maio.
Os deputados ucranianos aprovaram um projeto de lei que permite que certas categorias de prisioneiros combatam na frente em troca de amnistia, enquanto Kiev procura mobilizar mais soldados contra a invasão russa.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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