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MNE quer "intensificar" relação com S. Tomé apesar de acordo com a Rússia

País da CPLP celebrou um acordo de cooperação técnico militar com a Rússia, que prevê a participação em exercícios militares, assim como a visita de navios de guerra e aviação militar. Governo português mantém "regra" de não se "pronunciar publicamente sobre atos de política externa de cada um dos Estados membros" da organização.

MNE quer "intensificar" relação com S. Tomé apesar de acordo com a Rússia
Notícias ao Minuto

08:20 - 09/05/24 por Notícias ao Minuto

País São Tomé e Príncipe

O acordo de cooperação técnico militar entre São Tomé e Príncipe e a Rússia, que prevê a participação em exercícios militares bem como a visita de navios de guerra e aviação militar, não irá afetar a relação entre Portugal e São Tomé.

Aliás, fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), confirmou ao Notícias ao Minuto, tal como já tinha avançado a CNN Portugal, que o Governo não só prevê manter a "cooperação bilateral" com São Tomé, como planeia intensificá-la.

"Portugal tem há décadas uma cooperação multifacetada, intensa e sustentada com São Tomé e Príncipe, como com a Guiné-Bissau e outros países lusófonos. A defesa e segurança são pilares dessa cooperação bilateral que se mantém e intensificará, com particular destaque para a segurança marítima no Golfo da Guiné, em que tanto Portugal como a União Europeia têm avançando com apoios concretos, negociados com os países da região, para lidar com os desafios que estes atualmente enfrentam", realçou fonte do MNE.

Sobre o acordo celebrado entre São Tomé e Rússia, o MNE recusa comentar, salientando que "a CPLP é uma organização de Estados soberanos, baseada na igualdade e no respeito mútuo, em que, em regra, não se fazem pronunciamentos públicos sobre atos de política externa de cada um dos seus Estados membros".

O MNE realça ainda que "os objetivos da CPLP são os que constam dos respetivos estatutos, valem por si e continuam a ser prosseguidos dia-a-dia pelos seus membros".

Recorde-se que o primeiro-ministro de São Tomé, Patrice Trovoada, defendeu o acordo militar com a Rússia, argumentando que este tem o mesmo formato que outros previamente assinados com outros parceiros.

Segundo a agência noticiosa russa Sputnik, que cita o documento, o acordo "contribui para fortalecer a paz e a estabilidade internacional" e permite a São Tomé e Príncipe receber apoio no campo da educação e da formação pessoal, assim como apoio logístico e partilhar informações "no âmbito do combate à ideologia extremista".

Além disso, é celebrado por "tempo indefinido" e prevê formação, utilização de armas e equipamentos militar assim como visitas de aviões, navios de guerra e embarcações russas ao arquipélago, o que já levou a oposição são-tomense a reagir.

"Trata-se de um acordo que em momento nenhum ouvimos qualquer comunicado do Conselho de Ministros a fazer alusão. Um acordo desta envergadura, numa área bastante sensível e atendendo o contexto mundial neste momento, penso que exige interação entre os vários órgãos de soberania", afirmou Jorge Bom Jesus.

Leia Também: Presidente são-tomense nomeia novo embaixador para Portugal

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