'Nevoeiro mental' que pacientes de cancro sentem pode não ser da terapia
Os pacientes de cancro apresentam muitas vezes queixas de confusão ou falta de memória após tratamentos como a quimioterapia.
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Lifestyle Cancro da mama
Quem quer que tenha conhecido de perto uma história de cancro sabe que um tratamento como a quimioterapia é particularmente desgastante para os pacientes.
O cancro da mama é um dos mais comuns, que muitas vezes obriga a este tipo de terapia. E não são raros os casos em que sobreviventes deste tipo de cancro apresentam queixas de dificuldades cognitivas, como certos esquecimentos ou uma sensação de confusão.
Tem-se assumido que tal se deve aos medicamentos envolvidos numa terapia como a quimio mas um estudo recente sugere que pode haver outra hipótese.
O estudo em causa, liderado por Kerstin Hermelink, da Universidade de Munique, envolveu 150 mulheres a quem tinha sido diagnosticado um cancro da mama e outras 56 mulheres saudáveis.
Ao longo de um ano foram alvo de avaliações em diferentes alturas. Além de exames, foram ainda questionadas sobre o que sentiam.
O estudo, de que a Reuters dá conta, realça que há pacientes que apresentam já algumas queixas cognitivas ainda antes de iniciarem o tratamento da quimio.
Por essa razão, a culpa poderá não recair apenas sobre a terapêutica mas sim a sintomas de stress pós-traumático.
Kerstin Hermelink afirma que "o diagnóstico de uma doença que implica risco de vida como é o caso do cancro da mama é um choque para a maioria das pacientes e pode deixar marcas no cérebro", mesmo tratando-se de casos em que a paciente conseguiu lidar com o problema da melhor maneira possível, dadas as circunstâncias.
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