A relação entre a alimentação e o stress é complexa e apresenta-se como um ciclo vicioso que nem sempre é fácil de controlar. Aquilo que as pessoas comem pode influenciar (de forma positiva ou negativa) os níveis de stress, mas o próprio stress pode ser também um dos principais desencadeadores das escolhas alimentares.

Parece confuso mas é bem simples: a alimentação tanto pode impulsionar como travar o stress e o stress tanto pode fazer aumentar como reduzir o apetite. Tudo depende do organismo de cada um e da forma como o cortisol (hormona do stress) atua, sendo que o mais habitual é o stress estar diretamente relacionado com o ganho de peso.

Recentes estudos têm apontado o stress como uma das principais causas da obesidade, uma vez que o cortisol tem-se revelado mais eficaz junto da grelina, conhecida como hormona da fome por não facultar a capacidade de saciedade.

Para evitar o impacto nocivo do stress, especialmente no que diz respeito ao ganho de peso, mas também para evitar ao máximo estar stressado, nada como apostar na alimentação, em particular nos alimentos no seu estado natural e isentos de algum tipo de processamento.

De acordo com o site Mind Body Green, um dos alimentos que mais eficazmente bane o stress é a couve-flor, pois é rico em vitamina C e, por isso, eficaz na hora de limpar o organismo e reforçar o sistema imunitário. Este reforço por parte da vitamina C acontece junto das glândulas supra-renais, onde se encontram as hormonas que mais estão ligadas ao stress, como o cortisol e a adrenalina.

Ainda no leque dos ‘verdes’, também o espinafre é uma excelente opção. Para além da vitamina C – e dos efeitos benéficos acima mencionados – possui ainda vitaminas do complexo B e outros minerais capazes de regular o sistema hormonal

Muito comum na alimentação vegetariana (devido ao alto teor proteico), o trigo sarraceno também se enquadra no leque de alimentos que ‘espantam’ o stress. Aqui, a causa está, por um lado, na isenção de glúten (o que faz com que não provoque qualquer tipo de desconforto ou ‘stress’ no sistema digestivo) e, por outro, no vasto leque de minerais, com é o caso do magnésio, capaz de se aliar a várias enzimas ‘amigas’. Os aminoácidos presentes neste cereal fazem com que o sistema nervosos funcione plenamente.

E por falar em aminoácidos, a publicação dá ainda destaque ao salmão, um peixe gordo rico em ácidos gordos ómega 3, gorduras saudáveis e vários nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo e do sistema nervoso. O consumo de salmão está associado a menores sintomas de depressão, ansiedade e a menores mudanças de humor, três fatores que são influenciados e também influenciam os níveis de stress.