Novo teste identifica 87% dos cancros de origem desconhecida
Um estudo de investigação clínica, liderado pelo médico Manel Esteller, criou um teste epigenético de aplicação imediata que identifica 87% dos cancros de origem desconhecida, o que permite prescrever tratamentos específicos e aumentar a sobrevivência do doente.
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O estudo, hoje publicado na revista Lancet Oncology, permitiu desenvolver e validar o primeiro diagnóstico epigenético (extra informação genética) para pessoas com cancro de origem desconhecida -- um cancro agressivo que provoca metáteses antes de o tumor primário se evidenciar.
O novo sistema diagnóstico desenvolvido foi desenvolvido por Manel Esteller, diretor do Programa de Epigenética e Biologia do Cancro do Instituto de Investigação Biomédica de Bellvitge, em Barcelona.
O teste, que pode determinar entre cinco e 10 dias a origem do tumor, vai ser comercializado em todo o mundo pela farmacêutica Ferrer.
O teste mostrou até agora ser uma potente ferramenta para identificar o tumor primário em pessoas com cancro de origem desconhecida e em consequência permite acelerar o processo de diagnóstico e abre a porta para a escolha de um medicamento específico dirigido ao tipo de tumor.
"Agora o doente não será tratado 'às cegas', mas poderá receber uma terapia muito mais específica para o tipo tumoral que tiver", afirmou Manel Esteller.
O investigador salientou que o teste não é uma descoberta a "desenvolver nos próximos anos", mas que já pode ser aplicado.
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