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Jornadas longas de trabalho matam 745 mil pessoas por ano no mundo

Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que horários de 55 horas semanais estão diretamente relacionados com um risco 35% mais elevado de incidência de acidentes vasculares cerebrais (AVC's) e 17% maior de morte por doença isquémica do coração.

Jornadas longas de trabalho matam 745 mil pessoas por ano no mundo
Notícias ao Minuto

20:00 - 30/06/21 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Doenças cardíacas

O estudo divulgado na publicação científica Environment International e citado pela revista Galileu, aponta que, em 2016, foram registados 745 mil óbitos devido a AVC e doença isquémica do coração decorrentes de jornadas de trabalho excessivamente longas - valor que corresponde a uma subida de 29% em comparação ao ano 2000.

A pesquisa levada a cabo pela OMS e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), estima que aproximadamente 488 milhões de pessoas em todo o mundo terão sido sujeitas a turnos laborais de pelo menos 55 horas por semana.

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Os especialistas afirmam que tal resultou na morte de 398 mil indivíduos vítimas de AVC e 347 mil de doenças coronárias, números que representam um crescimento de 19% e 42%, respetivamente, desde 2000.

De acordo com Maria Neira, da OMS: "trabalhar 55 horas ou mais por semana é um perigo real à saúde". 

Acrescentando: "está na altura dos governos, empregadores e funcionários perceberem que jornadas longas de trabalho podem levar à morte prematura". 

Os dados apurados, explica a Galileu, revelam ainda que os homens são os mais afetados, contabilizando 72% das mortes, e que as situações de abuso laboral tendem a ser mais notórias nas regiões do Pacífico Ocidental e do Sudeste Asiático.

Adicionalmente, a análise da OMS e da OIT determinou que, comparando jornadas de 35 a 40 horas semanais, turnos de 55 horas ou mais estão relacionados a um risco 35% superior de ocorrência de AVC e 17% mais elevado de morte por doença isquémica do coração.

Os especialistas salientam igualmente que a quantidade de pessoas com longas jornadas laborais tem subido e que esse padrão pode estar a ser estimulado pela pandemia da Covid-19, que alterou a forma como muitos indivíduos trabalham.

"O teletrabalho tornou-se norma em muitos setores, confundindo as fronteiras entre casa e trabalho", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

"Além disso, muitas empresas foram forçadas a reduzir ou encerrar operações para economizar dinheiro, e as pessoas que ainda estão empregadas acabam por trabalhar mais", concluiu. 

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