Parabéns, está grávida. E agora, o que come?
As mudanças alimentares são essenciais nesta fase de vida de qualquer mulher.
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Lifestyle Gravidez
Engravidou. Durante os próximos nove meses o corpo irá sofrer incontáveis mudanças que alteram o próprio corpo de forma natural.
A par de aceitar todas estas mudanças, a mulher tem também de fazer por mudar vários aspetos do seu dia a dia, seja vícios maus para o bebé como fumar a adaptar o treino a modalidades ou exercícios que se adequem às mudanças físicas (principalmente nos últimos meses de gestação) ou a própria alimentação.
Sobre este último ponto, as farmacêuticas Dina Velez, Sandra Santos e Catarina Silva, da farmácia de Madragoa reconhecem que a gravidez “é a altura em que as necessidades energéticas e nutricionais aumentam para proteger o crescimento do bebé”, no entanto, “tal não significa que se deva ‘comer por dois’, mas sim adotar um regime alimentar saudável e variado, tendo em conta algumas regras que ajudam a garantir a saúde da mãe e do seu bebé”.
Posto isto, o ponto essencial é o de adaptar a alimentação a cada fase da gravidez, já que as necessidades nutricionais e calóricas variam.
Por exemplo, no primeiro trimestre, “recomenda-se a ingestão diária do equivalente a duas a três chávenas de legumes e hortaliças, três peças de fruta e três porções de lacticínios e derivados”, já no segundo e terceiro trimestre, as necessidades proteicas e calóricas aumentam significativamente, dizem as farmacêuticas, que aconselham o consumo de cereais, preferencialmente integrais, e derivados, leguminosas, carne, peixe e ovos (respeitando o máximo de 2 a 3 ovos por semana).
Ainda, dizem as especialistas que “é fundamental a ingestão de alimentos ricos em ómega 3 e 6”, que são “importantes no desenvolvimento do cérebro e da visão, e estão presentes no azeite e no peixe gordo”. Por outro lado, deve-se evitar alimentos como carnes vermelhas, gordura animal, fritos, produtos refinados e com alto teor de açúcar e sal.
Quanto a nutrientes, essenciais à formação do sistema nervoso do bebé, a maior aposta deve ser nos vegetais verdes, na laranja, no ovo, nos produtos lácteos fermentados e nos cereais e feijão. O ferro, também importante para o sistema nervoso mas também para a boa formação dos glóbulos vermelhos - da mãe como do bebé – que é essencial para garantir o transporte de oxigénio. “Este nutriente está presente em grandes quantidades nas carnes vermelhas e nos vegetais de folhas verdes escuras”, referem as farmacêuticas.
Por fim, o consumo de iodo também deve ser aumentado, a fim de se garantir o bom funcionamento da tiroide da mãe e o desenvolvimento do bebé. “Este nutriente está presente essencialmente no peixe e crustáceos. Mas embora estejam presentes nos alimentos referidos, a dieta não é suficiente para suprir as necessidades e, por isso, é recomendada a suplementação. Para além destes, é importante incluir na alimentação fontes de magnésio, cálcio, vitamina D e zinco”, concluem.
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