Sentir-se agradecido faz bem à alma, e ao corpo também, diz ciência
Não é só uma questão psicológica. Agradecer tem vantagens para o próprio organismo, defendem estudos.
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Desde tenra idade, somos educados para agradecer. É um comportamento social que reflete reconhecimento para com o próximo e faz de quem agradece uma pessoa bem educada e que dá valor aos outros.
Mas a questão do agradecimento é mais vasta do que isto, o que lhe valeu ser merecedora de vários estudos por parte de investigadores de diversas instituições que provam que “ser agradecido tem benefícios a curto e médio prazo em quem o experimenta”, lê-se na seção Zen do El Mundo.
A curto prazo, aponta-se o bem estar que advêm deste comportamento social e cultural. Já a médio e longo prazo, há mais que se lhe diga. Na publicação espanhola, é descrito que este simples comportamento é suficiente para tornar os indivíduos mais resistentes a inflamações e problemas cardíacos além de melhorar a qualidade do sono, reduzir o stress e ansiedade, aumentar a satisfação vital e até a vontade de praticar exercício físico. Este conjunto de vantagens é ainda mais evidente quanto mais os indivíduos refletirem sobre aquilo por que estão agradecidos, apontam os autores dos referidos estudos baseados na comparação de indivíduos distinguidos após analise psicológica.
O psicológico é realmente poderoso e há uma explicação científica para tal.
Através de ressonância magnética, um grupo de neurocientistas da Universidade da Califórnia garantiu que a sensação de gratitude ativa zonas do cérebro (no córtex pré-frontal) que se relacionam com a racionalização moral, recompensa e cognição social, ou seja, a forma como o ser humano interpreta o mundo que o rodeia. Além disso, quando mais óbvio e expressivo era o agradecimento, mais intensas eram as reações neurológicas na referida zona.
A análise foi feita a um grupo de sobreviventes do holocausto que foram salvos por outros, que lhes eram desconhecidos. Ao recordar tais momentos intensos, os indivíduos submetidos à análise neurológica não esconderam a sensação de gratitude que tal lhes proporciona e que aspetos fisiológicos refletem e confirmam.
A escolha por este caso em específico – o do holocausto – foi relevante para se distinguir a sensação de gratitude da de felicidade. Como é explicado no El Mundo, “agradecer é reconhecer o que outros nos dão. Podemos experienciar felicidade de maneira solitária, mas são precisas pelo menos duas pessoas para que alguém se sinta agradecido”.
Após este estudo, a Universidade de Harvard abordou o mesmo tema chegando a conclusões a acrescentar ao primeiro estudo, nomeadamente a de que sentir-se agradecido ajuda ao auto-controlo e paciência, dois aspetos que os investigadores consideram imprescindíveis na mudança de hábitos, por exemplo, para se ter sucesso ao tomar uma decisão pessoal como a de deixar de fumar, por exemplo.
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