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Após ser baleado, ator brasileiro descansa fãs com mensagem no Instagram

Ícaro Silva foi ferido esta quarta-feira.

Após ser baleado, ator brasileiro descansa fãs com mensagem no Instagram
Notícias ao Minuto

22:25 - 06/09/18 por Rita Alves Correia

Fama Ícaro Silva

O ator brasileiro Ícaro Silva foi baleado esta quarta-feira no túnel Zuzu Angel, próximo da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. O artista foi imediatamente levado para o Hospital Barra D'Or e pronunciou-se esta quinta-feira sobre o sucedido, através de uma mensagem nas redes sociais. 

Ícaro partilhou uma fotografia do braço com uma ligadura a proteger os ferimentos e na legenda da mesma descansou os fãs, afirmando que está "bem".

"Vi-me no meio de uma violenta confusão", relatou, explicando que permanece sem saber o que disputou tal conflito. 

O ator descreveu o pânico e o momento em que ouviu o tiro atingir a sua viatura. 

Acelerei sem fim até me ver longe dali, o corpo em choque, a cabeça à procura de sentido, como se houvesse algum nessa barbárie quotidiana que é o Rio de Janeiro, as minhas mãos estavam trémulas. Só depois de respirar fundo vi o buraco da bala no para-brisa do meu carro e minha blusa molhada. 'Meu Deus. Eu levei um tiro?'. Apalpei-me até encontrar o furo ensanguentado no meu braço. Sim, uma bala rasgou meu braço", contou. 

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Queridos amigos, amores, seguidores e parceiros, eu estou bem! Hoje mais cedo, ao sair do túnel Zuzu Angel voltando para a Barra, me vi em meio a uma violenta confusão que até agora não sei se era uma blitz, um tiroteio ou uma dessas operações de guerra infelizmente tão habituais na nossa cidade. Viaturas, policiais com fuzis na mão e aquele medo súbito que o carioca conhece tão bem. Um policial me pediu para reduzir e eu obedeci. Baixei o vidro e perguntei o que estava acontecendo. O nível de stress dele era muito alto, ele falava comigo diretamente do inferno, o coração em guerra. Outros dois policiais vieram gritando, os fuzis apontados para mim; não sei se me reconheceram ou não, mas com a mesma violência com que me pararam, me mandaram ir embora, xingando e berrando em seu estado de guerra. Quando eu voltava a acelerar e antes de entender o que estava acontecendo, um estampido no meu carro me congelou. “Isso é um tiro?” Os próximos vários confirmaram que sim. Abaixei a cabeça e enfiei o pé no acelerador como se tudo no mundo fosse tiro e pedal. Enquanto meu pé e meu coração aceleravam, minha sensação física era de “não precisa ser assim”. De fato, não precisa. Acelerei sem fim até me ver longe dali, o corpo em choque, a cabeça caçando sentido, como se houvesse algum nessa barbárie cotidiana que é o Rio, minhas mãos trêmulas. Só depois de respirar fundo percebi o buraco de bala no para-brisa do meu carro e minha blusa molhada. “Meu Deus. Eu levei um tiro?” Me apalpei até encontrar o furo ensanguentado no meu braço. Sim, uma bala rasgou meu braço e deixou uns estilhaços ali, carimbo metalizado da violência urbana. Um pequeno pedaço de metal e morte que podia ter cruzado meu peito ou minha cabeça, um lembrete da nossa frágil condição de gente. Eu to legal. To muito feliz por não ter morrido, sério. Tem muita coisa pra fazer por aqui, muita coisa para ver e muita, muita coisa para consertar. Muito obrigado por todas as mensagens, to mais solicitado que no meu aniversário, rs. Vocês são lindos, são lindos demais. Espero que essa história infelizmente cotidiana nos inspire a desconstruir nossa agressividade diante da vida. É hora de desarmar e amar.

Uma publicação partilhada por Ícaro (@icsilva) a 5 de Set, 2018 às 9:58 PDT

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