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"Ter cancro acontece a qualquer um, somos humanos"

Rebeca esteve à conversa com Daniel Oliveira no programa ‘Alta Definição’, da SIC.

"Ter cancro acontece a qualquer um, somos humanos"
Notícias ao Minuto

16:35 - 05/05/18 por Notícias Ao Minuto

Fama Rebeca

Depois de ter falado abertamente com Cristina Ferreira, na revista ‘Cristina’, sobre a doença que enfrenta desde o ano passado, Rebeca voltou a partilhar alguns momentos desta fase difícil no programa de Daniel Oliveira, ‘Alta Definição’, na SIC.

Uma entrevista que foi transmitida este sábado, dia 5, e onde a artista confessou que “agora sabe dar valor à vida”. “Antigamente não dava. Acho que é normal. Nós somos humanos, jovens, achamos que nada acontece e não é bem assim”.

Há cerca de oito anos, na altura com 30 anos, foi diagnosticada com cancro na tiróide e agora, no ano passado, descobriu que tinha cancro da mama. “Ter cancro acontece a qualquer um, sejamos bonitos ou feios, conhecidos ou não, somos humanos, acontece”, afirmou

Rebeca diz que tem uma família muito “unida”, para o bem e para o mal, e sente que “neste momento o cancro não é só seu”. “É da minha família. […] Chegámos a fazer reuniões para perceber qual é que era o meu tipo de cancro, se havia alguma safa ou não. Sempre falámos muito sobre a situação. Era um na Internet, outro a pesquisar noutro lado… Porque o meu era muito agressivo. Só tive a sorte de ter um centímetro e meio, não estar metastizado e ter conseguido encontrar a tempo”, contou.

Durante a entrevista, a artista recordou o dia em que cortou o cabelo. “Só não estava o meu pai lá presente porque não conseguiu. Não era capaz de ver o cabelão a cair no chão. A minha mãe disse-me que cortava o cabelo comigo, mas eu disse que não queria. Não deixei”, recordou, referindo que, além da progenitora, contou ainda com a companhia do filho, de 11 anos, e do marido.

“Estava mais preocupada com o Rubim, o meu filho. Lembro-me que ele todos os dias falava na mesma situação: ‘Mãe, qual é o dia que vais perder o cabelo’. Houve uma vez que fui dar com ele na Internet com uma foto e tentou tirar o cabelo da mãe para perceber como é que eu ficava sem cabelo. Aquilo fez-me uma confusão que pensei: ‘Tenho que falar com o meu filho’. Então decidi que ele vinha comigo”, lembrou. “E pronto, o cabelo caiu no chão, esquecemos a situação e metemos logo a peruca”, continuou, contando que o cabelo já está a começar a crescer.

Nesta fase difícil, Rebeca teve que se submeter a vários tratamentos, alguns dos quais vão-se prolongar durante alguns anos. “16 sessões de quimioterapia, 30 de radioterapia, levar hormonoterapia durante dez anos, normalmente são cinco, 18 terapias alvo porque o meu [cancro] era dos mais agressivos e a cirurgia foi dos melhores tratamentos que se pode fazer, que foi tirá-lo a tempo”, enumerou.

Para a cantora, as quatro primeiras sessões de quimioterapia foram muito “dolorosas”. “Não é só a perda de cabelo, mas os enjoos, muita dor no estômago, não dava para andar, não tinha força, para ir fazer um simples xixi tinha que pedir ajuda à mãe ou ao meu marido para me levar…”, confessou, frisando: “Fazer quimioterapia é um dos tratamento muito dolorosos”.

Uma das pessoas que a tem ajudado e lhe tem dado muita força é o filho, Rubim, de 11 anos: “Todos os dias diz-me que me ama. Liga-me nos recreios ou manda-me mensagens”.

Nesta fase, o menino dorme perto da mãe, de mão dada com a progenitora. “Ele adormece de mão dada comigo. Sei que os psicólogos vão dizer que não estou certa e que ele não deve dormir com a mãe, mas neste momento é impossível. O Rubim tem alguns medos, está a ser seguido por um psicólogo, mas não consigo que ele fique a 100% assim de repente. Neste momento tem uma cama ao lado da nossa. Não quer deixar a mãe fugir. E acorda três vezes ou quatro e pergunta-me se estou bem”, disse a artista.

Outro grande apoio, além dos pais e da irmã, é o marido, Élio Gomes. “Tem sido uma pessoa fabulosa, é um grande homem. Está sempre no sítio certo, faz-me tudo e mais alguma coisa. Dá-me beijos, abraçados, sempre comigo, não falhou uma quimioterapia”.

Já houve muitas lágrimas nesta dor constante e o medo de não conseguir aguentar esta batalha, mas a dada altura deixou de chorar. “Costumo dizer que a quimioterapia secou-me tudo, até as lágrimas”.

Durante a conversa com Daniel Oliveira, Rebeca lembrou ainda o momento em que descobriu o cancro na tiróide, em 2009.

“Era menos agressivo. Foi detetado bastante precocemente, estava encapsulado. Foi numa ecografia simples que fiz. Tinha um nódulo, picaram o nódulo, veio maligno, tiramos a tiróide e tudo mais e ficou resolvido. Estive seis meses sem cantar. Aliás, não tinha voz e tinha 30% de hipóteses de ficar sem voz”, recordou, referindo que na altura o que mais lhe custou foi a reação do filho, que quando viu a mãe no hospital, “com os tubos e muita coisa mais”, “teve medo, não queria a mãe, mas sim a avó”.

Na altura, com o tempo, o menino acabou por ligar-se novamente à mãe. “Já nem pensava muito na minha carreira. Se não cantar farei outra coisa qualquer, dou aulas de música ou vou para uma fábrica trabalhar”, admitiu.

Após o cancro na tiróide, teve uma depressão que diz ter sido “bem mais difícil”. “Mas consegui ultrapassar”.

Apesar de estar a passar novamente por uma fase difícil, Rebeca não perdeu a esperança e sabe que “vai conseguir [vencer]”. “Eu vou conseguir”, afirmou, revelando que um dos seus sonhos é ver o filho casar. “Gostava muito de o ver entrar no altar e casar com a princesa”.

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