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De Guindos a caminho do BCE após ter evitado resgate à Espanha

O ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, conhecido como um tecnocrata independente mas próximo do Partido Popular, substitui a partir de 01 de junho próximo o português Vítor Constâncio como vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE).

De Guindos a caminho do BCE após ter evitado resgate à Espanha
Notícias ao Minuto

13:49 - 27/02/18 por Lusa

Economia Perfil

Nascido em 1960, De Guindos avançou para o lugar depois de ter dado provas como responsável pela Economia e pelas Finanças espanholas durante a pior crise económica dos últimos decénios, tendo saneado a banca do país e liderado as negociações com Bruxelas para evitar o resgate de Espanha.

O futuro vice-presidente da autoridade monetária europeia chegou ao cargo ministerial em 2011, na primeira legislatura do executivo de direita do Partido Popular, liderado por Mariano Rajoy.

De Guindos vinha na altura do setor privado, onde passou mais anos do que no público, apesar de ser funcionário de carreira, membro do Corpo de Técnicos Comerciais e Economistas do Estado.

As suas credenciais do setor privado não foram afetadas pela passagem pelo banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers, como presidente executivo para Portugal e Espanha.

Mariano Rajoy convidou-o para assumir a responsabilidade de ministro da Economia (que em Espanha acumula com as Finanças) em 2011, quando era responsável pelo setor financeiro da PricewaterhouseCoopers (PwC) para Espanha e administrador independente do BMN (Banco Mare Nostrum), fruto da fusão de várias caixas de poupança e que acabou por ser nacionalizado pelo próprio De Guindos.

Na altura em que assumiu responsabilidades governativas foi muito criticado, mas também elogiado, por não pertencer ao Partido Popular, mas isso não impediu Rajoy de apostar nele e na sua capacidade para enfrentar a crise financeira.

Luis de Guindos já se tinha cruzado com a política em 1996 quando o ministro da Economia da altura, Rodrigo Rato, o nomeou diretor-geral da Política Económica e Defesa da Concorrência e em 2002 ascendeu ao lugar de secretário de Estado da Economia.

A Europa também reconheceu as capacidades de De Guindos, principalmente depois das medidas que tomou para sanear rapidamente a banca espanhola.

No verão de 2012, com o custo de financiamento da dívida espanhola em máximos e várias entidades a pedir fundos públicos, De Guindos decidiu que era o momento de pedir ajuda aos parceiros europeus.

Na altura, foram injetados 40 mil milhões de euros na banca (22 mil milhões no Bankia) que serviram também para ajudar o conjunto da economia espanhola.

A partir desse momento a economia recuperou lentamente a confiança dos mercados, que foram reduzindo o custo do seu financiamento.

A escolha de De Guindos não foi consensual em Espanha, com o maior partido da oposição, os socialistas do PSOE, a criticarem a escolha que, segundo eles, devia ter recaído numa mulher e numa personalidade afastada da política ativa.

Os eurodeputados da Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu (Econ) aprovaram hoje a indicação do ministro das Finanças espanhol para vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), pedindo melhorias no processo de nomeação.

A nomeação, pelo fórum dos ministros das finanças da Zona Euro (Eurogrupo) de De Guindos para substituir o português Vítor Constâncio na vice-presidência do BCE, foi aprovada na Econ por 27 votos a favor, 14 contra e 13 abstenções.

Falta agora a aprovação pela sessão plenária da assembleia europeia, agendada para março.

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