Banca com prejuízo de 817 milhões até Junho devido a CGD, BCP e BES
Os cinco principais bancos tiveram prejuízos globais de 817 milhões de euros no primeiro semestre, com os lucros do BPI e do Santander Totta a serem insuficientes para compensar as quebras de BCP, BES e Caixa Geral de Depósitos.
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Economia Primeiro semestre
Por dia, no primeiro semestre, os cinco principais bancos deram prejuízos de 4,5 milhões de euros.
Entre janeiro e junho, o BCP foi o banco que registou mais prejuízos, com estes a ascenderem a 488 milhões de euros, ainda assim numa melhoria face aos 544 milhões de euros negativos de há um ano.
Já o BES apresentou um resultado negativo de 237,4 milhões de euros, numa inversão da tendência face aos 25,5 milhões de euros de lucros do primeiro semestre de 2012. No primeiro trimestre deste ano, o BES já tinha surpreendido os analistas ao apresentar prejuízos.
Na Caixa Geral de Depósitos, que hoje deu a conhecer as suas contas, os prejuízos foram de 181,6 milhões de euros entre janeiro e junho deste ano, catorze vezes mais do que os 12,7 milhões de euros negativos registados há um ano.
Do lado dos lucros, ficaram o BPI e o Santander Totta, ainda assim com quebras significativas face aos resultados do período homólogo de 2012.
O BPI apresentou o resultado líquido mais robusto, um lucro de 58,9 milhões de euros, mas menos 30,7% do que entre janeiro e junho de 2012.
O Santander Totta – detido na totalidade pelo espanhol Santander - fechou o semestre com um resultado positivo em 30,9 milhões de euros, metade dos 62,5 milhões de euros registados há um ano.
Uma das componentes que ajudou a penalizar os resultados das principais instituições financeiras foram as maiores imparidades que tiveram de constituir por imposição do Banco de Portugal.
O presidente do BES, Ricardo Salgado, disse que as elevadas provisões constituídas também tiveram que ver com "a ação dos supervisores e da 'troika'" e o administrador Joaquim Goes explicou mesmo que os supervisores recomendaram um ajustamento das imparidades e um reforço dos valores por prudência, o que terá que ver com a passagem da supervisão para o Banco Central Europeu (BCE).
Também o presidente do Banif, Jorge Tomé, explicou recentemente que o Banco de Portugal está mais exigente nas provisões devido à União Bancária e a uma eventual supervisão direta do BCE. As declarações foram prestadas aos jornalistas aquando da apresentação dos resultados do aumento de capital do banco, a 29 de julho.
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