“Legislação laboral não é um entrave ao crescimento de emprego”
O primeiro-ministro afirmou que o grande desígnio para este ano é a criação de melhor emprego e o combate à precariedade.
© Global Imagens
Economia António Costa
À margem da inauguração da exposição 'Pessoa. Toda a arte é uma forma de literatura', em Madrid, o primeiro-ministro António Costa afirmou, esta terça-feira, que a legislação laboral não é um entrave ao crescimento de emprego no país, assumindo que Portugal discorda de Bruxelas que aconselha o país a reduzir o "excesso de proteção" dos trabalhadores nos quadros, contratos permanentes ou efetivos.
“Não é um ponto de vista que partilhemos com a Comissão Europeia, achamos que a nossa legislação laboral tem revelado um bom comportamento, e a melhor forma de o demonstrar são os números relativamente ao desemprego”, disse o chefe do Governo, referindo-se a uma “descida consistente” do desemprego.
“Tem-se provado que a legislação laboral e o aumento do salário mínimo em 15% nestes três anos, não são um entrave ao crescimento de emprego”, afirmou.
António Costa evidenciou que têm de se dar "resposta às novas gerações a quem o país e as suas famílias investiram muito significativamente na formação e que tem o direito a exigir oportunidades de trabalho dignas da sua formação e que é um capital essencial para as empresas”.
“Fixar e atrair estes jovens para as nossas empresas é absolutamente essencial", considerou Costa para quem a inovação é a chave para a competitividade.
E as empresas, sublinhou, “têm compreendido isso bem”. “O que as boas empresas têm vindo a perceber é que se querem mão de obra qualificada, não podem ter emprego assente na precariedade”. Se não perceberem isso, avisou, “corremos o risco de perder esse capital humano”. O primeiro-ministro definiu ainda que o grande desígnio para este ano é “melhor emprego” , depois de já ter alcançado "mais emprego".
Questionado sobre uma eventual candidatura do ministro espanhol da Economia ao BCE, António Costa disse que, se chegar a existir essa candidatura, apoiará o governo espanhol, da mesma forma que 'nuestros hermanos' apoiaram a candidatura de Centeno ao Eurogrupo e de Guterres à ONU.
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