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Partteam: A história de um acidente que criou uma empresa de sucesso

Nem todos os empreendedores conseguem ser bem-sucedidos à primeira. No caso de Miguel Soares, a redenção chegou com ajuda de um pedido inesperado.

Notícias ao Minuto

07:30 - 28/10/17 por Bruno Mourão

Economia Empresas

Se há histórias que mostram que é preciso ter sorte e capacidade para vingar no mundo de negócios, a da Partteam é uma delas. 

Fundada no virar do século XX para o XXI, a empresa apontou para um mercado que acabou por se revelar infrutífero e a salvação chegou devido a um pedido de um cliente. Forçados a encontrar uma forma de responder, a Partteam desenvolveu aquele que se viria a tornar o seu principal produto. 

O Economia ao Minuto teve oportunidade de falar com o CEO Miguel Soares na entrega de prémio Heróis PME – onde a empresa foi distinguida – e mostra-lhe a entrevista para que possa ler em discurso direto a história de sucesso. 

Qual foi a história que vos colocou no lote de vencedores dos Heróis PME? 

A nossa história começou no ano 2000, com a abertura da empresa por mim, inicialmente para comercializar a que eu estava habituado noutras empresas onde trabalhei, como os sistemas de controlo de acesso de assiduidade, mas a verdade é que as coisas não correram muito bem no início, o que me fez ter necessidade de procurar novos produtos e serviços para alavancar as vendas da empresa. Por coincidência, através do pedido de um cliente, encontrei aquele que é hoje em dia o 'core business' da empresa – os quiosques multimédia interativos – e que acabou por ser a salvação da empresa. As coisas não estavam a correr bem e esse passou a ser o nosso produto principal. É isso que nos traz aqui. 

Já agradeceram ao cliente que vos deu a ideia? 

Pois... [risos] Ainda não tive oportunidade de o fazer. É uma história curiosa, porque esse primeiro cliente que nos fez a encomenda passou a estar muito ligado à nossa empresa. Esse mesmo produto ainda hoje é uma peça de museu na nossa empresa porque na altura em que o comercializámos, ainda não o produzíamos, comprávamos os quiosques multimédia no estrangeiro. Mais tarde esse cliente pede o mesmo produto e como já estávamos a fabricá-lo, acabei por fazer a retoma do equipamento original e ele está nas nossas instalações e é uma peça de museu, ligada intimamente à nossa empresa. 

Numa época em que muita gente cria novas empresas e tem ideias empreendedoras, surge a pergunta: esta geração é mais ou menos empreendedoras do que as anteriores? 

Penso que o ecossistema é mais empreendedor, o que faz com que os jovens universitários quando saem da universidade apanhem um ecossistema que os faz ter a tendência para se tornarem empreendedores. Não sei se são mais ou menos do que nós éramos na nossa altura, quando eu saí da universidade há 25 anos. Obviamente que a vinda da Web Summit para Portugal e não só, porque esse evento é bastante recente, todo este ecossistema de empresas ajuda estes jovens a integrarem-se no mercado de trabalho e a fazer com que sintam alguma apetência para eles próprios se tornarem empresários em nome individual. 

Obviamente nem todas as empresas vão ter sucesso: os resultados e as estatísticas mostram que ao fim de algum tempo, muitas empresas acabam por 'morrer; só algumas é que têm sucesso. Mas acho que isso faz parte da vida e da história dos empresários, saber lidar com o insucesso e voltar a tomar as rédeas e tentar ter novas empresas para ter sucesso. 

Em relação à Web Summit: Sendo que só chegou a Lisboa no ano passado, apesar de já existir há alguns anos, acha que é Lisboa que está a dar mais à Web Summit, ou é a Web Summit que está a dar mais a Portugal? 

No ano passado, por opção própria, não tive oportunidade de estar na Web Summit. Isto porque considerei que era Portugal que iria dar mais à Web Summit do que o evento viria dar aos empreendedores portugueses e às startups. Este ano estou inscrito e vou visitar porque tive algum 'feedback' positivo do ano passado, do que foram as exposições, de toda a envolvência, de todo o 'networking' feito ao longo dos dias em que a Web Summit decorreu.  

Penso que há uma relação naquilo que o evento pode trazer a Portugal, principalmente na notoriedade que pode trazer a nível internacional. Durante alguns dias, Lisboa e Portugal ficam a ser conhecidos internacionalmente por acolher este tipo de eventos, mas eu penso que Portugal também está a dar muito à Web Summit e eu só espero que o Paddy [Cosgrave] não se lembre no próximo ano de abandonar o nosso país e depois venha dizer aquilo que disse quando saíram da Irlanda, porque não lhes davam as condições necessárias. Creio que eles aqui estão a ter todas as condições para garantir que o evento continua em Portugal durante muitos anos. 

O que espera encontrar na Web Summit? 

Espero encontrar, acima de tudo, duas ou três vertentes. Vou assistir a algumas palestras que me parecem interessantes, com oradores interessantes. Espero tirar daí algum conhecimento e ensinamentos. Espero também ter oportunidade de conhecer muitas startups que vão estar em exposição e que estão a tentar atrair investimento, porque algumas delas podem ser startups que podem integrar os serviços com os nossos produtos e serviços. Por último, quem sabe, porque a nossa empresa está num crescimento muito interessante, porque não encontrar investidores que queiram investir na nossa empresa. 

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